Na última quarta-feira, Grêmio e Internacional se reuniram mais uma vez com o banco Banrisul, na que poderia ser o encontro final para selar um acordo. No entanto, não foi isso o que aconteceu e o acordo foi novamente postergado; um contrato só deve ser assinado em vinte dias. Os problemas em questão são os acertos sobre o que os clubes chamam de “produtos variáveis” envolvendo a parceria.
Os dois clubes gaúchos arquitetam uma parceria com o banco que vá além da exposição da marca do uniforme. Isso envolveria novos repasses financeiros além da cota fixa que vem sendo negociado. Pela renovação do acordo, Grêmio e Internacional negociam por R$ 12 milhões, aproximadamente, ao ano, para cada equipe.
Os produtos variáveis envolvidos são serviços oferecidos pelo banco que tenham foco nos torcedores. Seria o caso, por exemplo, da criação um cartão de crédito com benefícios para cada um que adquirisse o modelo de seu time. Essa seria uma forma de o Banrisul se aproximar diretamente de novos clientes por meio do patrocínio às duas equipes.
O problema é que novos produtos com os clubes, além das premiações, fariam com que o valor envolvido não fosse fixo. Segundo os dirigentes, a quantia poderia até dobrar conforme as vendas do banco acontecessem. As possibilidades de trabalho com as marcas e o valor que o modelo poderia envolver são os detalhes que ainda não foram acertados entre o banco e os clubes, que negociam junto. O atual contrato se encerrou em junho, mas, por “bom relacionamento”, a marca permanece no uniforme de ambas as equipes.
A participação mais intensa com o patrocinador, uma gama ampliada de ativações e o clube usado como uma plataforma de negócio têm sido a forma encontrada por Grêmio e Internacional de aumentarem o valor de seus patrocínios máster na próxima temporada. Até 2009, cada equipe ganhava R$ 3,6 milhões do banco, valor consideravelmente mais baixo do que o recebido pelos principais clubes do eixo Rio – São Paulo.