O Fluminense quer voltar ao Maracanã. O time carioca enviou ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pedido de liminar para que possa voltar a atuar no antigo estádio, fechado para obras, e será avaliado pelo órgão na próxima sexta-feira (1º). O motivo de desespero do clube é evidente. Desde que migrou para o Engenhão, viu as receitas com ingressos despencarem 232% em relação à anterior.
Durante todo o primeiro turno, quando ainda jogava nos gramados do Maracanã, o time das Laranjeiras teve, em nove jogos, arrecadação média de aproximadamente R$ 550 mil por partida. Esse número possibilitou ao Fluminense atingir total de R$ 4,9 milhões levantados. Apesar de R$ 1,7 milhão ter sido perdido em penhoras, o lucro no período foi de R$ 1,2 milhão.
O segundo turno do Campeonato Brasileiro, porém, tem sido desanimador nesse quesito. Em quatro partidas, o clube carioca arrecadou média de R$ 237 mil por partida e esse valor poderia ser muito mais baixo. Contra o Corinthians, na segunda rodada do returno, a arrecadação foi de R$ 586 mil, próxima do comum no Maracanã, fator que alavancou esse número.
Se o pedido do Fluminense for negado pelo STJD e a volta ao Maracanã não aconteça, a segunda etapa do torneio pode ser desastrosa. Caso a média obtida nos quatro jogos disputados se mantenha, o montante arrecadado no returno será de R$ 2,3 milhões, menos da metade levantada na primeira etapa. O lucro, por sua vez, será de R$ 576 mil. Novamente, 208% inferior ao valor atingido com o Maracanã.