A Casual Auditores Independentes divulgou, nesta sexta-feira, uma prévia de seu estudo anual sobre as receitas dos clubes brasileiros. Pela primeira vez, a pesquisa vai apontar uma renda total superior à R$ 1,7 bilhão, segundo projeções da empresa. O estudo leva em conta os 21 com maiores receitas do futebol brasileiro, que somaram R$ 1,4 bilhão ao todo, valor que exemplifica a concentração de renda do esporte. Todo o universo restante, excluído do estudo, representa apenas cerca de 17% do montante. A ponta do ranking, mais uma vez, fica inalterada. O estudo, que levou em conta o ano fiscal de 2008, mostra o São Paulo na liderança, com geração de R$ 160,5 milhões, contra R$ 142,1 milhões do Inter, segundo colocado. Os dois times, no entanto, sofreram com o declínio da verba proveniente de transferências e apresentaram queda de 19% e 9%, respectivamente, e relação a 2007. Na sequência aparece o Palmeiras, com R$ 138,8 milhões e um crescimento de 61% (o maior em números absolutos). Além dos valores de negociações como as de Henrique, para o Barcelona, e Valdivia, para o Oriente Médio, o clube também incrementou as receitas com o setor Visa, que em 2007 ainda estava sendo implantado. Também impulsionado pelas vendas de atletas, o Flamengo ocupa o quarto lugar. O clube gerou R$ 117,9 milhões em 2008, com um crescimento de 32% na comparação com o ano anterior. O quinto colocado no ranking é o Corinthians, que capitalizou a passagem pela segunda divisão com fontes alternativas, mas também perdeu em transferências de jogadores. Terceiro colocado em 2007, o clube do Parque São Jorge apresentou R$ 117,5 milhões de receita, com uma queda de 13%. Na avaliação geral, a Casual entende que grande parte dos clubes sofreu com uma redução no volume de negociações. Já as fontes alternativas foram incrementadas a ponto de apresentarem evolução de mais de dois dígitos.