Engel Fonseca, vice-presidente de marketing e publicidade da Associação Mexicana de Internet, declarou à agência EFE, nesta semana, que as marcas que ignorarem as novas mídias durante a Copa da África do Sul perderão espaço para a concorrência. Fonseca aposta na familiaridade das pessoas com as novas ferramentas, algo pouco aproveitado no último Mundial, em 2006, na Alemanha. Recentemente, a Adidas se mostrou sincronizada com as palavras do mexicano e realizou uma ação no Facebook, rede com quase 500 milhões de usuários. Quem estiver na comunidade da marca, poderá dar palpites sobre confrontos envolvendo atletas patrocinados pela empresa e, quem se der melhor, ganha prêmios. A concorrente Nike, na mesma rede social, lançou a campanha ?Write the Future?, que remete à Copa do Mundo. A vantagem das novas redes é a possibilidade de passar novos canais de comunicação com o seus clientes. Segundo Oliver Seitz, pesquisador da indústria do futebol da Universidade de Liverpool, ?a publicidade em mídia social ajuda a envolver o público com a marca, que utiliza o futebol para ingressar nesse meio?. O meio, no entanto, exige alguma chamada que atraia o torcedor. Como as redes são pessoais, a entrada em comunidade de empresas é dificultada. No esporte, a imagem do ídolo pode ser o grande chamariz. ?A empresa precisa de um diferencial e um grande nome pode fazer esse papel?, afirma Seitz. Um caso fora da Copa, mas que explicita esse diferencial é o da parceria entre Claro e Ronaldo. Em poucas semanas usando o nome do astro corintiano, a empresa conseguiu quase 200 mil seguidores. Durante a Copa, o Yahoo! irá usar David Beckham para propagar o seu canal do Mundial. Para turbinar o seu Facebook, a Adidas recorreu à imagem dos seus jogadores patrocinados para chamar o público. Na Europa, um estudo da Nielsen Online revelou que os países mais fortes no futebol têm tido um crescimento considerável no uso de redes sociais. A Itália, por exemplo, teve um aumento de 19,5% no uso entre 2009 e 2010. França e Reino Unido tiveram aumento de 17,4% e 15% respectivamente. A pesquisa revelou as redes são os sites que os internautas dos países mais ricos do velho continente mais acessam. A Itália novamente é o exemplo mais forte: 31% do tempo de acesso é destinado ao Facebook, Twitter e Cia.