A decisão de impor um teto orçamentário e um consequente regulamento técnico duplo para a Fórmula 1 pode custar caro para a Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Depois de BMW Sauber, Toyota e Red Bull, Ferrari e Renault também explicitaram seu descontentamento com a situação e ameaçaram deixar a categoria. ?Nosso conselho considera que, se este será o futuro quadro da F-1, nada justifica a continuidade da Ferrari na competição, o que acontece há 60 anos?, disse a escuderia italiana, em comunicado oficial. ?Se as decisões anunciadas pela FIA no Conselho Mundial de 29 de abril não forem revisadas, não temos escolha. Teremos de deixar o campeonato mundial ao fim da temporada 2009?, disse Flávio Briatore, homem forte da Renault. Se confirmada, a ameaça de debandada deixaria a Fórmula 1 com apenas seis carros. A Williams já disse que continuará independentemente do resultado da briga política, enquanto McLaren e Brawn GP seguem caladas. O imbróglio deve causar, no mínimo, uma redução do poder da FIA e da Formula One Management (FOM, empresa que detém os direitos comerciais da categoria). Se a Fota, associação das escuderias, vencer a queda-de-braço, vai praticamente igualar o nível de forças nos bastidores da Fórmula 1.