Único no país a adotar preços muito baixos para ingressos, o São Paulo optou por encarecê-los neste segundo semestre. Não muito, dizem dirigentes. Apenas suficiente para que ganhos financeiros sejam aumentados sem que o estádio do Morumbi volte a esvaziar.
A diferença na postura pôde ser notada no último domingo, quando o clube, na reestreia de Kaká, contra o Vitória, teve um tíquete médio de R$ 29,87. Em 2013, também diante dos baianos, o custo médio havia sido de R$ 11,26.
A decisão foi tomada após consenso de diretorias, sobretudo financeira e de marketing, e protegeu sócios-torcedores. Para eles, a arquibancada ainda custará R$ 5.
“Mesmo com a correção, o valor mais alto para arquibancada foi de R$ 40. Olhando para o resto do mercado, sabemos que continuamos com um dos tíquetes mais baratos. Este era um ajuste necessário porque o preço era o mesmo desde o ano passado”, explica Ruy Barbosa, diretor de marketing do São Paulo.
De fato, o ingresso são-paulino segue abaixo de clubes de similar proporção. O Corinthians, nos cinco jogos que fez na Arena Corinthians, teve tíquete médio de R$ 72,22, dobro do que cobrou o São Paulo mesmo depois do ajuste. “É que nosso estádio está pago há muito tempo, então podemos deixar o torcedor mais confortável”, alfineta Barbosa.