Ele não tem o apelo de ser mulher, de já ter vencido as 500 milhas de Indianápolis, de já ter sido campeão da Indy ou de ter obtido um bom desempenho no ano passado. Por tudo isso, Raphael Matos se isolou como o único brasileiro a não ter fechado nenhum novo contrato comercial para a prova da Fórmula Indy neste domingo, em São Paulo.
A situação dos outros brasileiros contrasta radicalmente com a de Matos. Tony Kanaan e Helio Castroneves fecharam um novo contrato cada, Bia Figueiredo terá dois novos aportes e Vitor Meira ostentará quatro novas marcas no Brasil.
Na comparação entre eles, Matos é o que desperta menos mídia. Bia Figueiredo, por exemplo, tem a seu favor o fato de ser a primeira mulher brasileira a disputar uma temporada inteira da Fórmula Indy.
Tony Kanaan e Helio Castroneves possuem históricos vitoriosos na Indy, e isso faz com que eles sejam personalidades conhecidas do automobilismo nacional. Meira, por sua vez, foi o terceiro colocado da Indy em São Paulo no ano passado.
O retrospecto de Matos é mais modesto. Ele já disputou 37 provas na Fórmula Indy (17 em 2009, 17 em 2010 e três na atual temporada). Nesse período, esteve apenas duas vezes entre os cinco mais bem colocados de uma prova da categoria.
Em 2009, ano em que liderou a Indy apenas por duas voltas, Matos chegou a receber da Indycar Series o título de estreante do ano na categoria. Contudo, isso não foi suficiente para turbinar a arrecadação dele na etapa do Brasil da atual temporada.