Apesar de ter ficado no calção nos clássicos contra São Paulo e Corinthians, para testar o retorno obtido em termos de visibilidade, a Semp Toshiba está mais distante de um contrato de longo prazo com o Santos. A fabricante de eletrônicos fez proposta tida pela cúpula santista como “baixa”, ao mesmo tempo em que outras duas empresas se aproximaram e fizeram ofertas mais vantajosas para a equipe alvinegra.
O clube espera conseguir em torno de R$ 4 milhões anuais com a propriedade, para bater finalmente a casa dos R$ 35 milhões por ano com marcas no uniforme. Os números propostos pela Semp Toshiba não foram revelados, mas, de todo modo, estão abaixo da “expectativa” e do “mercado”, segundo revelou fonte que acompanha as negociações entre ambas as partes à Máquina do Esporte.
Concomitantemente, outras duas empresas têm ganhado a simpatia dos dirigentes santistas. Uma dela já até pediu a aplicação da própria marca no calção alvinegro, um teste para ver como o logotipo ficaria em meio às outras marcas, e a outra iniciou as tratativas há aproximadamente 20 dias e já está mais próxima do que a Semp Toshiba. Os nomes, porém, só serão revelados depois do desfecho.
Atualmente, o Santos carrega as marcas de BMG, no peito e nas costas; Netshoes, nas mangas; Seara, nos ombros; e CSU, no interior do número. Esses aportes, somados, rendem cerca de R$ 31 milhões por ano para os cofres do time. O calção e a barra traseira, última cota disponível, têm sido usados para patrocínios pontuais em jogos de grande audiência, enquanto um parceiro não é encontrado.
A Semp Toshiba, por outro lado, se afasta de um retorno mais consistente ao futebol. A fabricante de eletrônicos esteve na cota máster santista em 2009, em acordo estimado em R$ 8 milhões anuais, e depois fez aportes menores, no futebol feminino e em certas ocasiões. Também há um contrato existente desde a primeira parceria que envolve o telão do estádio Vila Belmiro, cedido e ilustrado pela empresa.