O Serviço Social da Indústria (Sesi-SP) está empenhado em espalhar o polo aquático pelo país. Embora admita que a modalidade possui natureza elitista, a realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016 estimulou o órgão paulista a reforçar investimentos, com a meta de possuir cinco atletas na seleção brasileira até lá.
Na última sexta-feira (28), a primeira piscina oficial de polo aquático da América Latina foi inaugurada nas dependências da entidade. Projetado de acordo com os padrões estipulados pela Federação Internacional de Natação (Fina), o espaço será inaugurado pelo Torneio Sesi-SP de Polo Aquático sub-21, a ser disputado ainda em 2011.
“Até então treinávamos em piscina semiolímpica, que era como treinar futebol de campo em uma quadra”, explica Betão de Freitas Guimarães, supervisor de esportes de rendimento do órgão, à Máquina do Esporte. O plano de investimentos no polo aquático, segundo ele, foi desenhado ainda em fevereiro de 2008, e não há previsão para que acabe.
A falta de estrutura física, sanada com a construção da piscina inaugurada no fim da última semana, era tida como principal entrave para as ambições do Sesi na modalidade. Agora, com a infraestrutura adequada em mãos, a meta é capacitar profissionais como professores e gestores para que eles possam pulverizar o esporte.
“Nós atacamos na base para massificar o polo aquático em oito cidades, e ao mesmo tempo trabalhamos com esporte de rendimento em dois pontos, na Vila Leopoldina [local da nova piscina] e em Ribeirão Preto”, conta o supervisor. “Agora, estamos pedindo à federação e à confederação que nos ajudem a formar profissionais”.
De qualquer modo, Guimarães sabe que não há tempo útil para formar atletas até a chegada das Olimpíadas no Rio de Janeiro. A expectativa é que os jovens que hoje compõem a equipe de polo aquático do Sesi, a maioria deles com menos de 20 anos, de acordo com ele, possam render uma seleção forte nos torneios que sucederem o evento.