A japonesa Shimano sabe o gosto de liderar o mercado de seu segmento, de produção de componentes para bicicleta. Para se manter nessa posição, a marca tem planos mais ousados para o Brasil, em vista o crescimento econômico do país e os megaeventos esportivos dos próximos anos. Aproveitando o seu aniversário de 90 anos, 2011 foi escolhido como o momento ideal para iniciar um processo de divulgação do nome Shimano.
No próximo domingo, por exemplo, a marca fará uma pedalada ecológica em São Paulo, em uma parceria com o Clube dos Amigos da Bike (CAB). Serão 28 quilômetros percorridos, majoritariamente às margens do rio Pinheiros. A ideia é chamar atenção para a poluição do local, mas, claro, coloca a empresa como uma das apoiadoras do ciclismo no país.
O primeiro objetivo da Shimano é divulgar o c”mbio Nexus, marca da companhia, no Brasil. Trata-se de um mecanismo que faz as trocas de marchas em cubo, o que não chega a ser uma novidade, mas que ainda é pouco explorado no país. Hoje, já há bicicletas no varejo que carregam o novo sistema. A Caloi, por exemplo, foi uma das montadoras que adotaram o Nexus em alguns de seus modelos.
Para divulgar a sua marca entre ciclistas, a Shimano criará bicicletários pela cidade de São Paulo, ativando sua estratégia com ações em cada um desses pontos. O primeiro local escolhido foi a Casa das Rosas, situada no início da Avenida Paulista. Nos próximos meses, a empresa deverá divulgar uma série de novos espaços semelhantes, que ainda não foram anunciados porque os contratos ainda não foram fechados.
Além de um mercado crescente, a Shimano vê com bons olhos os próximos megaeventos que o país receberá. Segundo o gerente de marketing da empresa, João Magalhães, os Jogos Olímpicos ajudarão a divulgar a modalidade. “Nas Olimpíadas, são 54 medalhas envolvendo bicicleta. É diferente dos esportes coletivos, que os brasileiros acompanham mais, mas que dão poucas medalhas”, afirmou.
A marca japonesa quer aparecer no Rio de Janeiro em 2016, mas não quer limitar sua participação em competições esportivas nos Jogos Olímpicos. Para isso, a empresa dobrou o número de atletas brasileiros patrocinados, que hoje chegam a vinte. Foram feitas apostas em nomes mais jovens, como Nicolas Sessler, ainda no júnior, e Frederico Mariano, sub 23 no Mountain Bike.
O clima tem sido de otimismo na direção da Shimano. Mesmo em eventos em que o ciclismo não tenha uma relação direta existe um plano de aproveitamento para alavancar a marca. “Até Copa do Mundo tem influência, por mais díspar que pareça. O tr”nsito em São Paulo será um caos e há cada vez mais um hábito de se instalar bicicletários nos estádios, como se pode ver na Europa”, confirmou João Magalhães.