Responsável por um dos estudos mais detalhados sobre as condições do Brasil para a Copa do Mundo de 2014, o Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) prevê um investimento total de R$ 50 bilhões na organização do evento. Classificada pela própria entidade como ?grosseira?, a estimativa parte de levantamento feito para os estádios, que não devem somar mais de 10% do custo total. Segundo o Sinaenco, que visitou e realizou fóruns em 16 das 17 cidades candidatas, as arenas devem consumir de R$ 6 bilhões a R$ 8 bilhões. O número completo, no entanto, carece de mais detalhes, já que as obras periféricas e sua amplitude ainda não foram definidas por cada um dos municípios escolhidos. ?Toda previsão agora é inconsistente, porque muita coisa ainda precisa ser acertada. O ideal é que os responsáveis usem essa metade de ano para definirem suas prioridades e que as obras comecem até, no máximo, junho de 2010?, disse José Roberto Bernasconi, presidente do Sinaenco. O primeiro passo será dirigido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Na semana que vem, as cidades se reunirão no Rio de Janeiro para a apresentação da lista de obras previstas para cada projeto. A partir daí, o único cronograma definido é o dos estádios. Até 31 de agosto os planos devem estar estabelecidos, e as empresas contratadas até dezembro. As obras devem começar em fevereiro de 2010, com término em 2012, sempre sob a supervisão da Fifa, que ameaça as cidades que não cumprirem os prazos. ?Quem não cumprir certas datas pode ser retirado do processo. O maior problema hoje é saber de onde vem o dinheiro?, disse Edgar Jabbour, responsável pelos assuntos de Copa do Mundo da Delloitte, que fez consultoria para as candidaturas de Cuiabá e Manaus.