Em março de 2009, quando estava machucada, a ginasta Jade Barbosa vendeu camisetas em seu site para custear o tratamento. Desde abril deste ano, o site Dpatrô resolveu estender esse conceito a outros esportistas. O portal representa uma agência que já conta com cinco atletas, e usa a venda de produtos para bancar viagens e inscrições em competições.
O projeto abarca atualmente os surfistas Kadu Medeiros, Gabriel Medeiros, Felipe Souza e Leandro Alves e o skatista Carlos Niggli. A ideia básica é que o montante amealhado com produtos vendidos no site será destinado a viabilizar a carreira desses atletas.
“A marca é uma forma de gerar recursos através da compra conceitual. É uma forma participativa. No futebol, você compra a camisa do seu time e tem a noção de que está investindo nele. No esporte de ação não é tanto assim. As marcas no Brasil, atualmente, são multinacionais. Elas investem em grandes eventos, mas não participam do desenvolvimento do esporte”, opinou Mário Santos, surfista, empresário e idealizador da Dpatrô.
O próprio nome Dpatrô é um neologismo oriundo de “Dê patrocínio”, que sintetiza o conceito da marca. Há cinco modelos de camisetas à venda, inspiradas no estilo de vida de esportes de ação, e os atletas ficam com parte do lucro.
Na fase inicial, a meta da marca é arrecadar R$ 700 mensais para cada atleta. Além da venda de produtos, a Dpatrô possui um projeto sobre eventos e estratégias de ativação para empresas patrocinadoras. Assim como acontece com as coleções, essas iniciativas gerariam fundos para os atletas.
“Ações de marketing esportivo são outro produto que nós queremos explorar. O projeto é a marca, que envolve a coleção e essas ações. Neste ano, não conseguimos nos cadastrar e não tivemos aprovação na Lei de Incentivo ao Esporte. Mas é uma ideia para um futuro próximo”, completou Santos.