No dia 4 de setembro, depois de a Fifa ter feito críticas abertas ao projeto de São Paulo para a Copa do Mundo de 2014, os responsáveis pela candidatura paulista levaram à entidade uma versão remodelada do plano de intervenções no estádio do Morumbi. Um dos principais pontos dessa revisão foi a cobertura da arena, totalmente diferente do que havia sido previsto inicialmente. Essa mudança só foi possível porque o São Paulo Futebol Clube, proprietário do espaço, convenceu-se sobre a viabilidade financeira do teto. O plano inicial de intervenções no Morumbi, inteiramente desenhado pelo arquiteto Ruy Othake, previa uma cobertura de material translúcido. A estrutura seria colocada sobre alicerces que se estenderiam pela área externa da arena e ficaria sobre o público. A reformulação do projeto do Morumbi teve consultoria da empresa de arquitetura alemã GMP. A companhia auxiliou o São Paulo a planejar as estruturas anexas ao estádio e a nova cobertura, que tem um formato inspirado em uma roda de bicicleta, com vários cabos finos saindo de um ponto no meio em direção às laterais. ?Isso não está no caderno de encargos, mas foi um pedido da Fifa e nós vamos nos adequar. Havia uma questão sobre a viabilidade financeira disso, mas o novo projeto conseguiu sanar esse ponto?, explicou Adalberto Baptista, diretor de marketing do São Paulo. O caminho escolhido pela GMP para viabilizar a cobertura do Morumbi foi montar, a partir disso, uma estrutura semelhante ao que acontece na Amsterdã Arena. O estádio paulista terá formato modular e poderá fechar uma parte atrás de um dos gols para shows ou eventos. ?Teremos uma arena coberta para 25 mil pessoas, a maior de São Paulo. E ainda poderemos usar isso para um show do Roberto Carlos na sexta-feira, por exemplo, sem prejudicar o estádio para o futebol no domingo. Com 12 ou 15 shows por ano, conseguiremos viabilizar essa obra?, projetou Baptista.