A Brasil Telecom confirmou, nesta quarta-feira, que deixará o vôlei brasileiro. Como já era esperado, a companhia, que foi vendida para a Oi, não continuará investindo na equipe feminina de Brusque, a exemplo do que fez o Finasa em Osasco. Em meio à debandada, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) tenta abafar a crise com ?sobrevivência? e ?interessados?. ?Vamos nos reunir com o prefeito. Há algumas tentativas de parceria, mas não nada está consolidado. Estamos vendo o que será melhor para a equipe e para Brusque, e se a prefeitura tem interesse?, disse Oswaldo Tulita, gerente administrativo da equipe, em entrevista ao ?UOL Esporte?. Segundo os dirigentes, a negociação com a Oi é o principal motivo da retração, uma vez que a nova dona da empresa não tem interesse em patrocinar o vôlei. Assim, dias depois do fim da temporada, a Superliga já não conta com pelo menos três equipes. Além de Finasa e Brasil Telecom, a Medley também vai sair do esporte depois de bancar uma temporada do Banespa. A confusão, no entanto, não assusta a CBV. Em comunicado oficial, a entidade falou que a saída dos patrocinadores é algo normal. E declarou ainda que existem empresas dispostas a aportarem recursos no segundo esporte mais popular do país. ?É de fato uma pena que uma equipe tradicional como o Finasa/Osasco deixe de ter um time de ponta. A saída de um patrocinador, no entanto, é um fato que se repete há 20 anos. Não é preciso p”nico. A Superliga vai continuar, outras equipes vão aparecer e as atletas serão recolocadas?, disse Ary Graça, presidente da CBV. A entidade ainda confirmou que está estudando possíveis mudanças no sistema de ranqueamento das atletas. A ferramenta que serve para equilibrar as equipes participantes deve ser alterada, para evitar que estrelas ?desempregadas? como Paula Pequeno e Thaissa, ex-Finasa, sejam obrigadas a irem à Europa.