A derrota da Argentina por 3 a 0 para a Croácia fez com que algumas empresas “entrassem” no clima de Copa do Mundo nas redes sociais, independentemente de estarem ligadas comercialmente ao evento.
A ação mais contundente foi do McDonald’s. O perfil da rede de lanchonetes no Brasil não perdoou a falha do goleiro argentino Caballero, que praticamente entregou o primeiro gol da Croácia: “O goleirão da Argentina tá parecendo nosso McDelivery: entregando demais”, tuitou o perfil, para em seguida promover o serviço de entregas da rede e, também, a linha de sanduíches que levam frango em sua composição.
A iniciativa teve rápida repercussão, ganhando adesão dos torcedores brasileiros, que estavam eufóricos por conta da derrota que dificultou bastante a situação da Argentina na Copa do Mundo. O post acabou sendo um dos que gerou maior engajamento do perfil brasileiro do McDonald’s. E olha que a concorrência é grande. Diariamente, a empresa dá prêmios a quem acerta o vencedor dos jogos da Copa, numa espécie de bolão virtual. A competição é uma das ações de maior repercussão entre os torcedores brasileiros nesta primeira fase do Mundial.
Outras marcas globais também entraram na onda de tirar sarro do desespero da seleção argentina. O aplicativo Uber fez apenas uma postagem irônica também com o goleiro Caballero: “Goleirão hermano não é Uber, mas deixou a camisa xadrez”, dizia a postagem, que teve o maior engajamento até agora em todas as ações feitas pela marca relacionadas à temática do futebol desde o início da Copa.
Já os desodorantes Rexona Men partiram para uma ironia mais fina. A empresa, que voltou a usar o perfil no Twitter às vésperas do início da Copa do Mundo, criou uma postagem específica para os argentinos. Uma foto com o frasco de desodorante com as cores da camisa argentina foi colocada, tendo a seguinte pergunta provocativa: “Suando frio, hermanos?”. O post gerou o dobro de interações do que o anterior, do dia 17 de junho, logo após o empate do Brasil na estreia do Mundial, contra a Suíça. Naquele, bem mais político, a marca apenas dizia que o “torcedor fanático não abandona”.
Após a estreia insossa do Brasil, o pesadelo argentino parece ser o motivo que faltava para as marcas entrarem de vez na conversa sobre Copa do Mundo nas redes sociais. Resta saber se, em campo, o Brasil ajudará a esquentar esse debate.