O Twitter reuniu executivos de diversos segmentos em São Paulo, na segunda-feira (10), para mostrar seu plano comercial referente aos ativos esportivos que a empresa tem investidos nos últimos meses. E a principal bandeira da companhia para o mercado foi a possibilidade de parcerias com a rede social durante a Copa do Mundo de 2018, a ser realizada na Rússia.
A apresentação aconteceu justamente no momento em que, segundo a agência Bloomberg, o Twitter disputa com outras redes sociais o direito por imagens do Mundial de futebol. A transmissão de partida ao vivo ainda é uma possibilidade remota, mas o direito de imagens em vídeo, em tempo real, já gera uma série de possibilidades para anunciantes.
“Nós fizemos um acordo com a Fifa para a Copa das Confederações. Nos Estados Unidos com a Fox e no México com a Televisa. Não transmitimos os jogos, mas tínhamos conteúdo em tempo real das emissoras. E com o patrocínio da Coca-Cola”, contou à Máquina do Esporte o diretor de parceria de esporte do Twitter para a América Latina, Pitter Rodriguez.
No México, houve um claro exemplo de como uma empresa pode apostar na rede social para gerar engajamento com os torcedores. O Twitter fez uma espécie de bingo com as partidas da Copa das Confederações, uma brincadeira entre internautas. Os palpites envolviam lances diversos dos jogos, que geravam, cada um, cerca de 50 vídeos divulgados em tempo real. E a Coca-Cola era quem promovia esse conteúdo.
Em caso de eventos ao vivo, uma aposta crescente da companhia em todo o mundo, o modo de patrocínio é mais convencional, com publicidade no conteúdo. Ao transmitir partidas da NFL, por exemplo, o Twitter contou com 14 marcas que faziam aparições nos intervalos, além de vinhetas ao longo das transmissões do torneio de futebol americano.
Assim, o Twitter propaga o que chamou de “brand save”, uma segurança para o anunciante que teria total controle de onde a marca seria associada, em movimento semelhante ao que acontece na televisão, distante de outras redes sociais.
“No nosso caso, não há risco. O anunciante compra um espaço específico, de um conteúdo que escolheu, com uma emissora que ele sabe qual é. Ele sabe exatamente o que ele está comprando”, assegurou Rodriguez, sobre a possibilidade de o aporte no Twitter cair em conteúdo indesejado.