A Adidas aumentou em quatro vezes seu lucro em 2021, mas ainda não chegou ao nível de faturamento do período pré-pandemia. A fabricante de material esportivo conseguiu lucrar € 2,158 bilhões em comparação ao ganho de € 443 milhões em 2020, no auge da pandemia. Esse montante representa um aumento de 9,1% do lucro líquido alcançado em 2019.
Apesar disso, a empresa não conseguiu recuperar o nível de faturamento que tinha antes do início da crise sanitária, que era de € 23,64 bilhões. As receitas atingiram € 21,234 bilhões em 2021. Em comparação a 2020, o faturamento teve aumento de 15,2%.
As vendas do grupo alemão foram lideradas pela Emea (sigla para Europa, Oriente Médio e África), com receitas de € 7,76 bilhões, o que representa 36% dos negócios da marca. Em seguida, veio a América do Norte, com € 5,105 bilhões, com aumento de 13% em relação a 2020. A China foi responsável por € 4,597 bilhões (aumento de 6%) e a região da Ásia e Pacífico arrecadou € 2,18 bilhões (crescimento de 5%). Todos os mercados da Adidas aumentaram suas receitas em relação a 2020.
Os calçados representaram a maior parte dos ganhos, com 53% da arrecadação vinda desse segmento. Isso representou € 11,336 bilhões, com aumento de 11,9% em relação a 2020. O vestuário, por sua vez, contribuiu com € 8,711 bilhões. Já os equipamentos esportivos foram responsáveis por € 1,187 bilhão.
A venda direta ao consumidor representou 38% das transações da marca, que faturou € 3,942 bilhões com o e-commerce. O objetivo da Adidas é que até 2025 esse canal de vendas gere entre € 8 bilhões e € 9 bilhões.
Apesar de um aumento no faturamento e no lucro, a Adidas encerrou o ano com menos funcionários. A empresa terminou o ano com 32.768 empregados em todo o mundo, uma queda de 1% em relação a 2020, quando contou com 32.978 colaboradores.
“Posso dizer com confiança que 2021 foi muito melhor que 2020. Além do sucesso da campanha de vacinação, a situação econômica começou a se recuperar em todo o mundo. Na Adidas, alcançamos ótimos resultados, apesar do impacto constante dos problemas da cadeia de suprimentos”, analisou Kasper Rorsted, CEO da Adidas.
Para 2022, a multinacional está otimista, embora espere que o lucro da empresa caia ligeiramente em relação aos € 2,158 bilhões alcançados em 2021. Um dos fatores para a queda é o fechamento de todas as operações na Rússia por causa da invasão à Ucrânia. Em 2020, a Adidas faturou € 584 milhões no mercado russo, o que representou 2,9% da arrecadação global.
“Esperamos que 2022 seja mais um ano de sucesso para a Adidas com ganhos entre € 1,8 bilhão e € 1,9 bilhão”, disse o executivo.
Por fim, a venda da Reebok para o Grupo Authentic por € 2,1 bilhões, em agosto, foi um marco importante para a Adidas. Para os próximos anos, a marca alemã estima que 95% do crescimento da empresa virá dos segmentos de futebol, corrida, outdoor e estilo de vida.