Com uma legião de mais de 7 milhões de fãs no Instagram, Renato Cariani tornou-se uma verdadeira máquina publicitária no universo fitness. Acumulou contratos com grandes marcas esportivas e também parcerias com celebridades, que apostaram em seus conselhos na busca pela melhora da forma física.
Os vídeos de Cariani com conselhos sobre treinos de musculação ou mesmo com reflexões a respeito da vida e do mundo rendem centenas de milhares de visualizações. Seu alcance e engajamento são tão grandes que ele foi eleito por duas vezes, pelo Ibest, como o maior influenciador fitness do Brasil.
Agora, porém, esse império pode ter começado a ruir, desde que o influenciador foi indiciado pela Polícia Federal (PF), em um inquérito que apura possíveis crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Renato Cariani é suspeito de desviar produtos químicos para a produção de toneladas de drogas destinadas ao narcotráfico. A PF encaminhou as conclusões do inquérito ao Ministério Público (MP) nesta terça-feira (30). O influenciador, no entanto, manteve sua rotina de publicação de conteúdos, incluindo um vídeo com esclarecimentos para pessoas que, ao iniciarem uma rotina de treinos de musculação, tendem a ficar muito preocupadas com os movimentos da balança.
Apesar de ainda seguir sendo um sucesso de público, o influenciador já não brilha tanto junto às marcas. O indiciamento pela PF fez Cariani perder um patrocínio e uma sociedade (que estava praticamente certa) com marcas importantes do esporte.
A primeira delas foi com o Grupo Supley, dono da Max Clothing e da Max Titanium, marca que tinha Cariani como um de seus principais rostos.
Em nota enviada à Máquina do Esporte, a empresa foi sucinta:
“O Grupo Supley confirma que a parceria com o referido influenciador foi definitivamente cancelada”, resumiu.
Em outubro de 2023, chegou a ser anunciada no LinkedIn e no Instagram uma parceria de Cariani (que se referiu à iniciativa como sociedade) com a Smart Fit, para a criação de uma rede de academias voltadas à alta performance e ao fisiculturismo, denominada Nation CT.
A Máquina do Esporte apurou, porém, que essa parceria não avançou, embora o projeto das academias de alta performance tenha sido mantido pela empresa.
“A Smart Fit segue com o projeto Nation CT e é seu único acionista. A empresa aguarda a apuração dos fatos para decidir a sequência de uma eventual parceria”, afirmou a assessoria de imprensa da rede de academias.
Cariani e mais dois amigos são acusados pela PF de usarem uma companhia do setor químico para fraudar notas de insumos farmacêuticos, que estariam sendo desviados para a produção de cocaína e crack. O caso ainda será analisado pelo MP, que poderá ou não processar o influenciador.