A Lacoste divulgou um comunicado dizendo que chamará Novak Djokovic para conversar após o tenista sérvio ter sidorecentemente deportado da Austrália.
“Assim que possível, entraremos em contato com Novak Djokovic para revisar os eventos que acompanharam sua presença na Austrália”, afirmou, de forma misteriosa, a grife de roupas francesa em comunicado.
O tenista, número 1 do ranking da ATP, jogaria o Australian Open, em Melbourne, mas acabou expulso do país por não ter sido vacinado contra a Covid-19. O sérvio já declarou abertamente ser contra a vacinação.
Djokovic defenderia o título conquistado no ano passado no primeiro torneio Grand Slam da temporada. O tenista, que passou alguns dias em um hotel de controle, havia conseguido apelar da decisão do governo australiano e chegou até a treinar na segunda-feira da semana passada (10). Mas o ministro da Imigração da Austrália, Alex Hawke, exerceu seu direito de revogar o visto do tenista na última sexta-feira (14).
A decisão foi confirmada por um tribunal, após o segundo recurso tentado pelo staff do tenista. O imbróglio desviou a atenção sobre a competição.
“Desejamos a todos um excelente torneio e agradecemos os organizadores por todos os esforços para garantir que o torneio seja realizado em boas condições para jogadores, funcionários e espectadores”, afirmou a Lacoste, em sua nota oficial.
Djokovic foi o 46º atleta mais bem pago do mundo em 2021, tendo acordos de patrocínio que renderam R$ 165,8 milhões. Além da Lacoste, o sérvio é patrocinado por Asics, Peugeot e Ultimate Software Group. A marca francesa foi a primeira apoiadora a se pronunciar publicamente contra o tenista.
A Lacoste começou a patrocinar o sérvio em 2017 e o atual contrato vai até 2025. O tenista é um dos mais bem-sucedidos de todos os tempos, tendo ganhado 20 títulos em torneios de Grand Slam, circuito que engloba as quatro principais competições do calendário do tênis (Australian Open, Roland-Garros, Wimbledon e US Open).
Atualmente, o sérvio está empatado em títulos com o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal. Sem Djokovic em quadra, Nadal pode se isolar na liderança, caso ganhe o Aberto da Austrália. O sérvio terá que esperar Roland-Garros, em maio, para tentar sua 21ª conquista. No entanto, também poderá ter problemas para disputar o torneio, uma vez que deverá enfrentar o mesmo problema com relação à vacinação em território francês.