Na semana passada, a Centauro organizou um evento em sua megaloja da Avenida Paulista, em São Paulo, para anunciar o patrocínio e também os direitos de transmissão do Paulistão Feminino até 2024. A iniciativa de fechar um acordo tão robusto com o torneio foi a primeira ação concreta da varejista esportiva após divulgar, uma semana antes, em uma apresentação aos acionistas do Grupo SBF, que teria um olhar cada vez mais atento para a mulher no esporte. E a estratégia para crescer não vai parar por aí.
Líder do mercado do varejo esportivo no Brasil com apenas 7% do mercado, a Centauro enxerga na mulher um dos pontos cruciais para continuar o crescimento no país. A empresa acredita que visibilidade e investimento precisam caminhar juntos para que o esporte feminino ganhe força, o número de mulheres envolvidas com o esporte também e, consequentemente, a marca esteja cada vez mais presente na vida delas.
“Esse projeto não é sobre patrocínio. Patrocínios vêm e vão. O tempo passa, e as pessoas esquecem. O que a gente quer mesmo é fomentar o futebol feminino, alavancar a modalidade e gerar o máximo de conteúdo possível”, disse Gustavo Milo, diretor de marketing da Centauro.
Mas não será apenas a mulher o foco da empresa no curto prazo. Com uma receita bruta total de R$ 3,7 bilhões em 2021, a Centauro pretende aumentar esse número também com a abertura de mais lojas físicas, uma melhor experiência no digital e ainda com o aumento na abrangência das modalidades esportivas oferecidas aos brasileiros.
Atualmente, são 230 lojas espalhadas pelo país e 40 modalidades disponibilizadas. São mais de 130 milhões de visitas por ano nas lojas físicas e mais de 400 milhões de acessos no digital. No último ano, houve um crescimento de 34% nas vendas do e-commerce, mantendo a margem bruta constante no período.
A marca descobriu ainda que a abertura de lojas físicas em novas praças está diretamente relacionada ao crescimento digital nessas regiões. Em outras palavras, uma coisa puxa a outra. A implementação de uma loja da Centauro em uma nova praça alavanca as vendas digitais em 32% naquela região, o que revela o papel estratégico das unidades físicas.
Assim, no ambiente no on-line, um dos objetivos é melhorar cada vez mais a experiência do consumidor no app, que atualmente já é responsável por 50% das vendas no digital. Já nas lojas físicas, os eventos ao vivo ganharão força. Apenas nos últimos meses, Fernandinho, à época ainda jogador do Manchester City, “trouxe” a taça da Premier League e interagiu com os consumidores e fãs na loja do Shopping Bourbon, em São Paulo, enquanto Kaká foi a estrela de um podcast gravado pelo Podpah dentro da megaloja da Avenida Paulista. Além disso, as lojas têm oferecido frequentemente aulas e palestras ao vivo para atrair os clientes.
“Além de sermos multicanais, multimarcas e multimodalidades, ainda temos uma vertente de licenciamento de marcas, com acordos com Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Uefa, Brooks, Asics, Barcelona e Juventus, por exemplo. Com tudo isso, queremos sair cada vez mais do transacional e ir para o relacional, para estar cada vez mais perto do consumidor na jornada esportiva dele”, destacou Cláudio Assis, diretor geral da Centauro.
De acordo com a empresa, atualmente, 1 a cada 4 produtos da Nike no país é vendido pela Centauro. A mesma proporção vale para a Adidas. Já em relação à Asics, o número fica ainda melhor, com 1 a cada 3. Com a Puma, aumenta ainda mais, com quase 2 a cada 5 produtos. Com mais gente nas lojas físicas e no digital, a tendência é que cada uma dessas proporções seja alavancada.
Para fechar, a Centauro ainda inaugurará, em breve, um espaço com que pretende atrair consumidores dentro do maior parque da América Latina, o Ibirapuera, em São Paulo. O local de experimentação servirá para impulsionar o esporte em um dos locais de maior prática de atividade física da cidade e do país, em uma estratégia ainda mais abrangente do que a marca já vem fazendo desde o ano passado no Villa-Lobos, outro dos maiores parques da capital paulista, que já recebe atividades da Centauro todos os finais de semana.
“A tendência da busca pela saúde aumentou com a pandemia. Tem cada vez mais gente praticando esporte. Nosso papel é impulsionar ainda mais esses números e, para isso, a conexão emocional com o consumidor é essencial. Queremos estar cada vez mais perto deles, e é isso que vamos fazer”, finalizou Pedro Zemel, CEO do Grupo SBF, que atualmente tem sob seu guarda-chuva seis marcas: Centauro, Fisia (distribuidora oficial da Nike no Brasil), NWB, OneFan, X3M e FitDance.