A fabricante alemã de roupas esportivas Adidas decidiu romper a parceria comercial com o cantor Kanye West por conta de declarações antissemitas e teorias conspiratórias compartilhadas pelo músico nas redes sociais.
Quando a polêmica estourou, a Adidas inicialmente anunciou que o acordo de distribuição da linha Yeezy, fruto de uma parceria com West (que adota o nome artístico de Ye), estaria sob revisão. Nesta terça-feira (25), porém, a empresa resolveu dar um basta ao relacionamento.
“A Adidas não tolera antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio. Os recentes comentários e ações de Ye foram inaceitáveis, odiosos e perigosos, e violam os valores de diversidade e inclusão da empresa, respeito mútuo e justiça”, afirmou a companhia, em nota.
A Adidas anunciou também que, após, uma revisão completa do caso, “tomou a decisão de encerrar a parceria com Ye imediatamente, acabar com a produção de itens da marca Yeezy e parar todos os pagamentos para Ye e suas empresas. A Adidas vai parar o negócio da Adidas Yeezy com efeito imediato”.
Impacto de € 250 milhões
No comunicado, a Adidas reconheceu que, no curto prazo, o encerramento da parceria deverá ocasionar um impacto negativo de até € 250 milhões no lucro líquido da empresa, dada a alta sazonalidade do quarto trimestre.
Ao que tudo indica, Kanye West não terá meios legais de seguir com a comercialização dos produtos, seja por conta própria ou por meio de novos acordos comerciais. Isso porque a Adidas afirma ser a única proprietária de todos os direitos de design dos produtos existentes, bem como de cores anteriores e novas.