Os Jogos de Inverno de Pequim 2022 terão custo de US$ 38,5 bilhões, de acordo com o site Business Insider. O valor é dez vezes maior do que a estimativa inicial de gastos para o evento, que era de US$ 3,9 bilhões.
Inicialmente, a China não havia colocado nas contas oficiais uma série de despesas que estavam classificadas como melhorias para a cidade. Um dos gastos foi com a construção de uma estrada de ferro para um trem-bala, avaliada em US$ 9,2 bilhões.
Outro custo adicional ao projeto apresentado inicialmente foi com medidas sanitárias para conter a proliferação da Covid-19. Os riscos ainda existentes com a pandemia já fizeram com que o evento seja programado para acontecer sem a presença de torcedores e com número limitado de jornalistas na cobertura.
Com isso, os gastos nos Jogos de Inverno devem facilmente ultrapassar as despesas com os Jogos de Tóquio 2020, que, mesmo com o adiamento em um ano, teve custo de US$ 13,6 bilhões. Londres 2012, por sua vez, que realizou um grande investimento em melhorias ambientais, custou US$ 15 bilhões aos cofres públicos. Já os Jogos Olímpicos de Verão de Pequim 2008 tiveram custo de US$ 42 bilhões.
O maior custo da história foi com os Jogos de Inverno de Sochi 2014, na Rússia, que custaram US$ 50 bilhões, US$ 11,5 bilhões mais caro do que a edição deste ano, na China.
Além dos custos, os Jogos de Inverno de Pequim 2022 também são alvo de outras controvérsias. Os Estados Unidos, entre outras nações, promoveram boicote diplomático ao evento por causa das violações de direitos humanos em território chinês.
A China, por sua vez, conta com o evento para recuperar sua indústria do esporte. A meta é que esse setor valha US$ 773 bilhões até 2025.