Kelvin Hoefler não foi a Tóquio a passeio. Primeiro brasileiro a conquistar uma medalha nos Jogos Olímpicos de 2020, o skatista também foi responsável por inaugurar o esporte “mais eficiente” do Brasil na Olimpíada. A prata conquistada na disputa do street, porém, é vista por Kelvin como o primeiro passo para inaugurar uma nova era para o skate no Brasil.
“A primeira mudança que eu vejo acontecer é que ganhamos mais mídia. Mas temos de trabalhar para ampliar a prática do skate no Brasil, ter mais pistas, melhorar a qualidade. Se a Confederação quiser, eu posso ajudar nisso”, disse Kelvin, durante entrevista ao podcast Maquinistas.
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No bate-papo, Kelvin é crítico em relação à atuação da Confederação Brasileira de Skate (CBSk), cobra um tratamento mais equânime entre os skatistas do país e diz que estava tão focado em conquistar a medalha em Tóquio que preferiu se isolar e concentrar-se na tarefa de ficar entre os três primeiros.
Nascido no Guarujá e radicado na Califórnia, nos Estados Unidos, Kelvin conta como foi a decisão de “se jogar” no universo do skate americano depois de ter tentado por algumas vezes morar no exterior e não conseguir.
O medalhista de prata em Tóquio também falou sobre como faz para conciliar treinos e negócios, que ainda são gerenciados diretamente por ele. Com patrocinadores tanto no mundo do skate quanto fora dele, Kelvin diz que hoje consegue viver do esporte, mas tem investido no mercado imobiliário americano como forma de garantir uma renda extra.