Em junho, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) anunciou a chegada de dois novos executivos. Claudio Thompson, que durante décadas foi gerente de patrocínios da Petrobras, chegou como novo diretor de comunicação e marketing da entidade. Além dele, Marcelo Hargreaves da Costa, ex-jogador de vôlei, foi anunciado como diretor geral e de novos negócios da Superliga.
No começo do mês, quando o Brasil ainda disputava os Jogos Olímpicos de Tóquio, Marcelo Hargreaves conversou com a reportagem da Máquina do Esporte para falar sobre os planos para a principal competição entre clubes do Brasil.
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Ex-executivo da Effect Sports, onde cuidava da conta da NFL no Brasil, Hargreaves contou no podcast Maquinistas como pretende fazer com que a Superliga se torne uma das principais competições de vôlei do mundo. Para isso, quer colocar em prática algumas ideias que já existem no mercado americano.
“A ideia central e prioritária nesse momento é o desenvolvimento da Superliga do Brasil como um produto e um pouquinho também aterrissar a confederação num arcabouço de negócios um pouco mais moderno, um pouco digital”, afirmou Hargreaves.
De acordo com o executivo, o primeiro passo já foi dado. Ainda em julho, a CBV pela primeira vez anunciou um calendário de competições pelos próximos quatro anos. A ideia, com ele, é que haja maior planejamento para toda a indústria.
“Passei os últimos cinco anos da minha vida mergulhado dentro da realidade de ligas estrangeiras, principalmente da NFL no Brasil. Isso me deu uma perspectiva muito diferente. Desconheço uma máquina de fazer negócios do nível da NFL no mundo”, contou.
Além de promover uma maior organização do planejamento das competições, o próximo passo para a nova diretoria da CBV é ampliar o processo de digitalização da entidade.
“Temos de trabalhar melhor a relação de patrocínio, partir para outros direitos relacionados a dados, experiências, e ter um produto forte para ter novas receitas. A partir do momento em que tentamos o cenário macro, de mudança de valores de mídia, se a gente continuar batendo nessas teclas, não virá dinheiro novo, e o atual vai diminuir. Isso implica numa quebra de cultura que a gente está disposto a passar nesse momento. O caminho que a gente vai tomar passa pelo digital. Pelo que acontece lá fora, o caminho é esse”.
Para Hargreaves, o caminho é sem volta:
“Muitas vezes a resposta não vem da nossa cabeça, mas é esfregada pelo mercado no dia a dia. É difícil ter uma conversa com uma marca que não seja entrante que não passe pelo digital. É meio que ‘vá nessa direção ou morra’. É esse caminho que a gente quer seguir”, disse.
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