Dentro de dez dias, terá início a nona edição do Rio Open. Principal torneio da Associação de Tenistas Profissionais (ATP) na América do Sul, o evento deste ano virá repleto de novidades, buscando reforçar seu compromisso com os pilares de sustentabilidade e diversidade.
“Desde a nossa primeira edição, em 2014, quando criamos o evento, determinamos que ele seria dedicado a fazer o bem e influenciar as pessoas a realizarem sua parte na construção de um mundo melhor”, afirmou Luiz Carvalho, diretor do Rio Open.
A sustentabilidade tem sido uma das importantes vitrines da competição, que também se destaca internacionalmente por atrair nomes da elite do tênis mundial. O vencedor da última edição, por exemplo, foi o espanhol Carlos Alcaraz, que, no ano passado, chegou à liderança do ranking da ATP, após conquistar o título do US Open. Hoje número 2 do mundo, ele é uma das atrações confirmadas para este ano na competição, que ostenta em seu quadro de campeões grandes nomes do esporte como o espanhol Rafael Nadal.
Mas as ações de sustentabilidade também ajudam a dar um brilho a mais ao torneio, que é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o selo “carbono zero”, devido às ações adotadas com o intuito de neutralizar as emissões de carbono.
Compensação ambiental
Desde 2020, esse trabalho tem ocorrido em uma parceria com a multinacional Engie, por meio da compensação com créditos de carbono cedidos pela Usina Hidrelética de Jirau, em Rondônia. No ano passado, essa iniciativa permitiu a neutralização de 1.143 toneladas de CO2, das quais 275 estavam relacionadas diretamente com a organização do evento, enquanto as 868 restantes foram decorrentes do deslocamento (aéreo e terrestre) do público até o local do evento (o Jockey Club do Rio de Janeiro).
Além dessa compensação, o Rio Open tem adotado medidas visando a diminuir ainda mais a pegada de carbono gerada por sua organização. Tanto que as 275 toneladas de carbono geradas diretamente pelo evento no ano passado representaram uma queda de 31% em relação às 401 toneladas produzidas em 2020.
Neste ano, a novidade no quesito sustentabilidade será a inauguração do espaço Rio Open Green, que exibirá ao público iniciativas realizadas pelo torneio ao longo de todo o ano, voltadas para a área ambiental. Além disso, o local contará com representantes que auxiliarão os visitantes a descarbonizarem seus deslocamentos em um site criado especialmente para essa finalidade.
Diversidade e empoderamento
Outro pilar que ganhará destaque neste ano no Rio Open é o da diversidade.
“A ideia é nos posicionar e deixar claro que somos contra todo e qualquer tipo de preconceito”, explicou Marcia Casz, diretora geral do Rio Open.
Em sua nona edição, o Rio Open passará a contar com uma ouvidoria dedicada a acolher e dar encaminhamento a denúncias de discriminação, seja ela racial, religiosa, de gênero, de nacionalidade, de origem social ou de orientação sexual.
“Iniciamos esse trabalho em dezembro do ano passado, com uma palestra da filósofa Djamila Ribeiro para toda a nossa equipe. Nossa ideia é empoderar as pessoas que trabalham conosco e prepará-las, para que elas estejam prontas a lidar com casos de preconceito”, revelou a diretora.
O objetivo, segundo ela, é usar a projeção internacional do Rio Open para amplificar a mensagem em favor da diversidade.
“Nossa intenção é proporcionar experiências completas ao público, mas com atitudes socialmente responsáveis”, disse Marcia Casz.
“Queremos que nossos visitantes sintam-se à vontade para serem quem são”, complementou Luiz Carvalho.
O Rio Open 2023 terá início em 18 de fevereiro, com o qualifying, que seguirá até o dia seguinte (19). A programação terá continuidade na segunda-feira (20) com as chaves principais de simples e duplas, até a grande final de simples, marcada para o domingo (26).