Não é novidade que o Rio Open tenha todos os ingressos vendidos e as quadras cheias para acompanhar alguns dos melhores tenistas de saibro do mundo. Mas, nesta segunda-feira (17), uma cena chamou muita atenção de quem estava no complexo montado no Jockey Club Brasileiro. Uma quadra secundária, que serve para treinamentos, tinha quase 2 mil pessoas se amontoando, celulares em punho, para ver o bate-bola da nova sensação do esporte nacional.
João Fonseca chegou ao Rio de Janeiro com o primeiro troféu de um torneio do circuito da ATP na bagagem. No domingo (16), ele conquistou o ATP 250 de Buenos Aires, na Argentina. Se já seria a principal estrela nacional na capital fluminense, com o título, se transformou em uma verdadeira febre.
No momento em que ele batia bola, algumas quadras estavam com jogos rolando. E diversas pessoas, entre elas muitas crianças, com ingressos para esses jogos, simplesmente preferiram ficar do lado de fora, em um amontoado de pessoas, só para fotografar ou filmar, do jeito que desse, o novo ídolo.
Organização e segurança
Com tantos holofotes sobre João Fonseca, a Máquina do Esporte foi atrás da organização do torneio para saber se algo mudou pensando nessa ascensão meteórica do tenista de apenas 18 anos. Mas não. Nenhum esquema diferente, nem na segurança, nem com relação à infraestrutura, foi montado.
“O Rio Open sempre foi palco de grandes estrelas do tênis, como Rafael Nadal, Dominic Thiem, David Ferrer, Casper Ruud, Jo-Wilfried Tsonga e Carlos Alcaraz, além de vários Top 10 da ATP. Entendemos a euforia do público com o João, mas nossa equipe está preparada para receber todos os atletas com profissionalismo e excelência, como sempre fizemos. A única diferença agora é o carinho especial da torcida carioca, mas a organização do evento segue a mesma: segura, estruturada e pronta para oferecer a melhor experiência a jogadores e fãs”, explicou Thomaz Costa, vice-diretor do Rio Open.
“Não precisa alterar segurança nenhuma. É claro que a equipe do João tem que tomar cuidado porque existem aqueles fãs mais incisivos, que não conhecem limites. Mas, no geral, todo mundo só quer vê-lo, tentar um autógrafo, bater uma foto. Fazia tempo que isso não acontecia. É muito bom ver um novo ídolo nascendo. Estive nas últimas quatro edições do torneio e não tinha visto nada parecido, nem com o Alcaraz, nem agora com o Zverev. É impressionante”, afirmou Leonardo Tedesco, advogado, fã de tênis e que não perde uma edição do Rio Open desde 2022, ano em que o torneio voltou a ser disputado após um ano de ausência por conta da pandemia de Covid-19.
Dentro de quadra, João Fonseca estreará nesta terça-feira (18), diante do francês Alexandre Müller, sendo protagonista do jogo principal da noite e desbancando até o alemão Alexander Zverev, atual número 2 do mundo, que jogará antes do brasileiro na quadra principal. Zverev tentará uma vaga nas oitavas de final contra o chinês Yunchaokete Bu a partir das 19h (horário de Brasília). Fonseca jogará na sequência. E as arquibancadas certamente estarão lotadas.