Principal torneio da Associação de Tenistas Profissionais (ATP) na América do Sul, o Rio Open realiza seus últimos ajustes antes de abrir as portas para receber o público em 2023. A expectativa é imensa por parte dos organizadores, que apostam que a edição deste ano, que terá início no próximo dia 18 de fevereiro, será a maior em seus nove anos de história.
“Gosto de reforçar que esporte é também tradição. E nós temos história. É possível perceber a evolução, ano após ano. A cada edição, colocamos um tijolinho a mais. Por isso, não tenho dúvida em dizer que o Rio Open deste ano será o melhor de todos”, ressaltou Marcia Casz, diretora geral do torneio.
Vários fatores ajudam a explicar o sucesso do evento esportivo. Por um lado, ele tem obtido êxito em atrair nomes de peso do tênis mundial, aliados a revelações promissoras. Seu atual campeão, o espanhol Carlos Alcaraz (ex-número 1 do mundo e atual segundo colocado no ranking da ATP), está confirmado para a edição deste ano desde junho do ano passado.
Ele tinha 16 anos quando participou pela primeira vez do Rio Open, em 2020. Mesma idade do brasileiro João Fonseca, considerado uma das grandes promessas do tênis brasileiro nos últimos tempos e que fará sua estreia em um torneio da envergadura de um ATP 500.
Competição movimenta milhões
Além do lado esportivo, a organização do Rio Open soube trabalhar o evento de modo a extrapolar o universo do tênis.
“Oferecemos uma experiência completa em entretenimento”, explicou Casz.
Para se ter uma ideia, os ingressos para a edição deste ano estão esgotados desde outubro. A expectativa é de que a competição atraia de 60 a 65 mil pessoas ao Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro (RJ). Para a final, que será no dia 26 de fevereiro, são aguardados 6 mil espectadores. Desses visitantes que adquiriram entradas para o torneio, 30% são de fora do RJ, com destaque para São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG).
Atraindo tantos turistas de poder aquisitivo mais elevado, é natural que o evento esportivo acabe mobilizando cifras milionárias. Segundo uma pesquisa encomendada pela organização do Rio Open junto à consultoria Deloitte, o torneio injeta mais de R$ 100 milhões na economia do estado do Rio de Janeiro. Ainda de acordo com o levantamento, o Rio Open gera mais de 5 mil empregos diretos e indiretos.
Mídia
Outro ponto que os organizadores fazem questão de destacar é a ampla cobertura midiática do evento. Neste ano, serão 600 horas ao vivo no canal Sportv. Ao todo, 140 países exibirão imagens do torneio e do Rio de Janeiro.
“Além de impulsionar o turismo, o Rio Open contribui para uma projeção positiva da cidade e do país ao redor do mundo”, destacou Casz.
Mas a repercussão do evento não se limita às mídias tradicionais. Nos últimos anos, o Rio Open tem investido cada vez mais na produção de conteúdos específicos para as redes sociais.
“No passado, costumávamos reproduzir no universo digital o mesmo material feito para os canais analógicos. Depois da pandemia, a partir de 2022, começamos a evoluir nas nossas estratégias, buscando conhecer e compreender melhor nosso público”, explicou o diretor Luiz Carvalho.
A estratégia atual busca manter o público das redes mobilizado de maneira permanente.
“Não queremos que o Rio Open seja um evento de nove dias apenas. Mas sim que o público permaneça engajado e fidelizado durante as 52 semanas do ano”, finalizou Carvalho.