Um fenômeno semelhante ao observado com a contratação de David Beckham pelo Los Angeles Galaxy está se repetindo na Europa. Só que desta vez o protagonista segue o caminho inverso. Aos 18 anos, o ganês naturalizado norte-americano Freddy Adu está revolucionando o futebol português desde que foi anunciado como reforço do Benfica para a próxima temporada. O clube pagou US$ 2 milhões à Major League Soccer (MLS) pelo craque prodígio. A quantia é irrisória se comparada ao retorno que deverá ser obtido em ações de marketing. Nem mesmo o desempenho recente dentro de campo aquém do esperado é capaz de esfriar a animação dos portugueses. A contratação é destaque nos principais meios de comunicação do país há vários dias. Se não é mais uma unanimidade nos gramados, a trajetória do atleta o credencia ao posto de grande astro do campeonato de Portugal, cujo início está previsto para a próxima semana. Desde que foi descoberto, em 2003, Adu se tornou a “menina dos olhos” do mercado publicitário. De imediato, conseguiu um contrato de US$ 1 milhão com a Nike e se tornou o jogador mais bem pago da liga de futebol dos Estados Unidos. Tudo isso com apenas 14 anos. À estréia como profissional seguiram-se inúmeras campanhas para patrocinadores, como a Pepsi. Em uma delas, para a marca de refrigerantes Sierra Mist, o jogador conheceu Pelé e recebeu a benção do maior atleta do século. O encontro colocou a jovem promessa ainda mais em evidência. Segundo os especialistas locais, o sucesso de Adu fora de campo deve-se, principalmente, ao fato de o jogador ser um produto do sonho americano. Nascido na cidade de Tama, em Gana, o ex-atleta de Real Salt Lake imigrou para os EUA aos oito anos, graças ao ?green card? conseguido por sua mãe. Além do sucesso na área esportiva, o jogador conseguiu espaço na mídia ao namorar, assim como Beckham, uma estrela pop: a cantora e atriz Jojo, com quem rompeu em novembro do ano passado.