A licitação para privatizar a Arena Multiuso, sede das principais competições esportivas dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, fracassou. Embora 30 interessados tenham retirado o caderno para participar do processo, ninguém compareceu à audiência para a concessão do espaço, realizada na última terça-feira. O valor sugerido pela prefeitura – R$ 129 milhões – foi considerado abusivo pelos possíveis participantes. Segundo o secretário municipal da Fazenda, Francisco de Almeida e Silva, as empresas chegaram a procurá-lo durante o Pan pedindo a redução do preço. O pedido não foi aceito pelo município. Sem interessados, a Arena Multiuso será gerida pela prefeitura do Rio, assim como as estruturas construídas em torno do autódromo carioca. Em decreto publicado no Diário Oficial, o prefeito César Maia determinou que a administração do Parque Aquático Maria Lenk e do velódromo também fiquem com o poder público. Para a manutenção dos locais, Maia pretende contar com o apoio da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e das confederações nacionais de ciclismo e patinação. Nesta quarta-feira, o Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, também passará pelo processo licitatório. Até o momento, apenas o Botafogo confirmou o interesse. Nesse caso, apenas instituições ligadas a futebol podem participar. Já o Fluminense deseja adiar o processo. O clube carioca discorda de trechos redigidos no edital. A construção do estádio custou cerca de R$ 330 milhões aos cofres públicos.