Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esportes, acredita que a emissora carioca está sofrendo uma concorrência desleal na disputa com a Record pelos direitos de transmissão dos principais eventos esportivos do Brasil e do exterior. Até agora, a Globo teve de aumentar em mais de R$ 100 milhões os custos para manter, com ela, a exibição dos Campeonatos Paulista, Mineiro, Gaúcho e Carioca. Além disso, a emissora carioca renovou o contrato com a Fifa tendo em vista as Copas do Mundo de 2010 e 2014, mas perdeu os direitos sobre os Jogos Olímpicos de 2010 (Inverno) e 2012. A próxima disputa que se aventura é com relação aos direitos do Campeonato Brasileiro da Série A. Sobre eles, Campos Pinto tem outra opinião. Em entrevista exclusiva à Revista Máquina do Esporte, Campos Pinto colocou em dúvida a origem dos recursos da Record para elevar em demasia as ofertas pelos direitos de transmissão: ?A diferença agora, é uma diferença que… Eu até não sei como explicar. Porque, se a Record declara que ela fatura R$ 1 bilhão com publicidade por ano, eu não consigo entender como é que pode fazer uma proposta de R$ 1 bilhão [por dois anos de contrato]. E eu sei que ela não tem esse dinheiro. A não ser que, supostamente, ao que tudo indica, quem controla a Record também tem uma participação na igreja [Edir Macedo é dono da Record e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus]. Eu não sei como é que é esse processo de capitalização. Eu desconheço…?, afirmou o executivo. Além da crítica à Record, Campos Pinto falou sobre até que ponto a Globo pode chegar numa eventual batalha pelo Brasileirão, sobre Copa do Mundo, Jogos Olímpicos e, também, sobre a polêmica relação da emissora com as marcas dos patrocinadores no esporte. O primeiro exemplar da Revista Máquina do Esporte também conta com uma matéria especial sobre como os Jogos Pan-Americanos podem ajudar ou derrubar numa eventual disputa brasileira para ser sede das Olimpíadas de 2016. Para adquirir o seu exemplar da revista clique aqui.