Competir nos Jogos Pan-Americanos é, para muitos esportes, sinônimo de medalhas e conquistas. Para os chamados “nanicos”, porém, participar da maior competição esportiva das Américas é uma oportunidade única para chamar a atenção do público e conseguir espaço na mídia. Para os representantes brasileiros do badminton, essa será a grande chance para tentar expandir a atuação da modalidade no país. Segundo esporte mais praticado no mundo, o “jogo da peteca” não desfruta de grande prestígio nos meios de comunicação do Brasil. A modalidade é muito popular em países asiáticos, como Paquistão, Índia, China, Indonésia, Tail”ndia, Malásia e Japão, o que explica a boa colocação dessas nações no ranking. “Temos que aproveitar essa chance única. A imprensa tem muita força. Já será uma conquista termos dois minutos na televisão. Prefiro até que continuem chamando a peteca de volante, que é o nome oficial, para popularizar o esporte”, afirma Gilberto Nogueira, chefe da equipe brasileira nos Jogos. Para Vera Mastracusa, presidente da federação gaúcha, toda a visibilidade pré-Pan já ajudou a colocar o badminton no mapa esportivo brasileiro. A meta, agora, é consolidar tal exposição e conseguir suporte financeiro para a modalidade. “O ano está sendo muito bom para a gente, mas sabemos que depois do evento tudo isso vai diminuir. Patrocínio, então, só com medalhas”, destaca a dirigente. Para os Jogos, o Brasil tem apenas o apoio da Victor Sport. A empresa alemã é a fornecedora oficial de material esportivo da Confederação Brasileira de Badminton (CBBa), responsável por parte dos gastos dos atletas com treinamento. A outra parte sai do bolso dos próprios jogadores. A entidade conta com o repasse da Lei Agnelo Piva para custear a participação dos brasileiros em campeonatos nacionais e internacionais. No Pan do Rio, Estados Unidos e Canadá são os favoritos a um lugar no pódio, ao lado de Peru e Guatemala. O badminton será disputado entre os dias 14 e 19 de julho no pavilhão 4B do Complexo Esportivo do Riocentro.