Acusado de corrupção em seu país natal, o antigo primeiro-ministro tailandês e agora dono do Manchester City Thaksin Shinawatra está na mira da Premier League. Richard Scudamore, chefe-executivo da entidade que comanda o Campeonato Inglês, adiantou que não pode condenar o dirigente de maneira antecipada, mas também garantiu que ficará atento ao processo para tomar as atitudes cabíveis. Shinawatra está sendo acusado de tráfico de influência, corrupção e abuso de poder na Tail”ndia. Sua esposa, Pojaman, já foi condenada há duas semana por fraudar a declaração de imposto de renda. O antigo primeiro-ministro, que deixou o cargo por causa de um golpe militar, está exilado no Reino Unido, e corre o risco de ser extraditado caso as acusações contra ele sejam comprovadas. ?Até agora o que nós temos é o dono de um clube que não teve nenhuma condenação. Nós não vamos fechar os olhos para o caso, que é sério, mas não podemos fazer um julgamento de forma precipitada. Se a gente sentir que nossas regras foram quebradas, nós podemos desqualificá-lo?, disse Scudamore. O regulamento da Premier League diz que um dirigente pode ser afastado à força caso seja condenado por qualquer ?tribunal competente? do mundo inteiro. Desde que comprou o Manchester City, em julho de 2007, Shinawatra destacou-se pelo investimento milionário que fez em novos jogadores. Os brasileiros Elano, Jô e Geovanni, todos com passagem pela seleção brasileira, foram alguns dos principais reforços do tailandês. Enquanto a Justiça de Bangkok não decide sobre o processo, o dirigente se defende na Inglaterra. Recentemente, Shinawatra declarou que não pretende voltar para a Tail”ndia, apesar de ter sido intimado a fazê-lo. Segundo ele, o processo que enfrenta tem motivações políticas. ?Eu não vou voltar tão cedo para lá, porque aqui no Reino Unido a democracia é mais importante. Eles são meus inimigos políticos. Não se importam com a lei ou processos reconhecidos internacionalmente?, disse o tailandês.