A Embracon, empresa especializada em consórcios, decidiu criar uma nova ferramenta para comercialização de seus produtos usando o futebol como plataforma. A companhia fechou parceria com Corinthians, Internacional e Paraná para a criação de planos de venda no site dos clubes. Cada um dos parceiros possui um produto próprio, como o Corinthians, que possui o “Consórcio do Timão”. Por meio de um link no portal do clube, o torcedor pode comprar o produto interessado, como automóvel, moto, imóvel, entre outros, e parte da arrecadação é destinada ao próprio time. “Nós temos contratos diferenciados com cada clube, mas a taxa que é destinada aos clubes varia entre 3% e 6% da arrecadação. A nossa expectativa esse ano é que possamos movimentar R$ 10 milhões em vendas”, afirma Jander Silva, gerente regional de São Paulo da Embracon. Além de ganharem essa verba, os clubes têm um investimento quase mínimo. Os parceiros precisam apenas criar uma estrutura no site para embutir o consórcio, já que toda administração do projeto fica por conta da empresa. Para potencializar ainda mais o negócio, a Embracon realiza estudos sobre a característica das torcidas para oferecer produtos que sejam compatíveis com os anseios dos torcedores. “Se no Ceará, por exemplo, a maior procura é por motos, nós colocamos no consórcio do Ceará mais opções desse produto. Em São Paulo, o torcedores querem mais imóveis, então o processo é o mesmo”, explica Silva. Apesar de a parceria com os clubes de grandes torcidas ser nova, as ações da Embracon no futebol acontecem há pelo menos quatro anos. Após patrocinar o Rio Branco de Americana (SP), a empresa também tinha contrato semelhante com o Paulista de Jundiaí, durante a Copa do Brasil de 2005. Apesar disso, foi no ano passado que a Embracon intensificou seus trabalhos, patrocinando Paraná, Ceará, Botafogo-PR e Guarani. O clube campineiro, inclusive, foi o primeiro a contar com o projeto de um consórcio próprio. “Nós vislumbramos que os clubes necessitavam de receitas extras. Como o produto consórcio é bem aceito, acabamos reunindo duas frentes de força”, conclui o executivo da Embracon.