Esfriaram as conversas da Red Bull para comprar o Juventude. Após quase fecharem o acordo de cessão do clube para a empresa, as negociações pararam. Um dos motivos para isso seriam o mau começo da equipe no Campeonato Brasileiro (foram três derrotas em três jogos) e os dois casos de doping envolvendo atletas do time. Segundo pessoas ligadas à diretoria do clube, o mau momento dentro de campo atrapalhou as negociações. Após o afastamento do diretor da Red Bull que conduzia o caso, a empresa pediu 60 dias para se reorganizar. Passado esse período, os austríacos retomaram as conversas, mas agora a própria diretoria alviverde deixou o assunto de lado. Dirigentes que tratavam diretamente com representantes da Red Bull, como o vice-presidente Carlos Roberto Maitelli, estão em São Paulo em busca de nomes para reforçar o time. Além disso, o clube tenta reverter as penas de Alex Alves e Júlio César, ambos pegos no exame antidoping. Atualmente, o clube nem conta mais com a possibilidade de receber cerca de US$ 30 milhões (R$ 60 mi) que a Red Bull aportaria para assumir a gestão do Juventude. O trabalho agora é buscar novas alternativas para diminuir as dívidas. Uma delas está próxima de ser concluída. Trata-se da venda da sede social do clube, cujo valor arrecadado segue em segredo. Os dirigentes do Juventude não divulgaram o montante a ser recebido nem em reunião do Conselho Deliberativo. Para concretizar o negócio, o Juventude aguarda o pagamento de duas comissões para, então, buscar um novo terreno para sua sede. Neste ponto é que o clube terá a ajuda da Abyara, tradicional corretora de imóveis e que neste mês se tornou patrocinadora dos gaúchos. Apesar de já colocar em prática o seu ?plano B? e da desconfiança em torno da parceria com a Red Bull, ainda existe na diretoria do Juventude a esperança de que as conversas com a empresa sejam retomadas. Para isso, crêem alguns membros do corpo dirertivo, a equipe tem de voltar a conseguir bons resultados dentro de campo.