Projeto de categoria de acesso à Fórmula 1 em 2009, a Fórmula 2 começa a tomar forma sob às rédeas da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Nesta segunda-feira, a entidade anunciou uma parceria com a equipe Williams, que ajudará na produção dos carros e ainda oferecerá um teste na escuderia em 2010 para o campeão da categoria. A parceria começar a solucionar o principal problema apontado pelos críticos da F-2, que é a limitação dos investimentos. No lançamento do projeto, no fim de junho, a FIA afirmou, em comunicado oficial, que esperava reduzir o orçamento para cada bólido, que custaria cerca de 200 mil euros (R$ 586 mil). ?Em parceria com a Williams, nós estamos estabelecendo um modelo que revele talentos para a Fórmula 1 com uma carro de alta performance mas custos reduzidos?, disse a entidade máxima do automobilismo, em comunicado oficial. Mais que a oferta de uma possível vaga na categoria máxima do esporte, o contrato com a escuderia inglesa vai ser determinante na produção dos carros, já que a Williams traz consigo a montadora Audi, que produzirá os veículos junto com o engenheiro Patrick Head. Se conseguir cumprir a determinação da FIA, a marca alemã vai surpreender vários dirigentes do automobilismo mundial, que desdenharam da proposta de baixo custo da FIA no seu lançamento. Na época, dirigentes da GP2, categoria mantida por Flavio Briatore, da Renault, que deve concorrer diretamente com a F2, afirmaram que seria impossível montar um carro competitivo com tão pouco dinheiro, tendo em vista que um bólido na atual segunda divisão da Fórmula 1 não sai por menos de 1,5 milhões de euros (R$ 4,54 mi). A criação da nova categoria da FIA, aliás, é uma resposta ao custo elevado da GP2, que teria saído dos limites impostos. Para resolver o problema, a entidade deve ?ressucitar? a Fórmula 2, extinta desde 1984.