A legalidade das parcerias no basquete carioca ainda está em discussão. Mas de acordo com os clubes envolvidos, as federações foram consultadas antes dos acordos serem selados e deram seu aval para os acertos. ?Consultei o presidente da Federação do Rio e ele disse que não tinha problema nenhum. Então fizemos a parceria?, contou Keller Cardoso, vice-presidente do Iguaçu Basquete Clube (IBC). Seu parceiro, o Uberl”ndia Tênis Clube, deu explicação semelhante. ?Liguei para o presidente da Federação Mineira e para o Minas Tênis antes de fazer a parceria. Se eles estavam fechando com o Fluminense, por que não poderíamos também??, indagou. Para o mandatário da Federação de Basquetebol do Estado do Rio de Janeiro (FBERJ), Álvaro Lionides, as parcerias foram aprovadas pelos próprios clubes durante uma reunião do Conselho Arbitral. Na ocasião, ficou acertado o interc”mbio entre Saldanha da Gama-ES e Cetaf-ES com Vasco e Campos, respectivamente. O dirigente, no entanto, assegura que seguirá qualquer determinação da Justiça. ?Só estamos cumprindo o que foi a vontade dos clubes, mas é óbvio que surgindo alguma decisão nova da Justiça, vamos acatar?, afirmou Lionides. A polêmica maior no momento é sobre as parcerias pós-Arbitral, que não foram discutidas. O Flamengo ameaça entrar na Justiça para pedir pontos e o Ministério Público Estadual disse que abrirá investigação sobre o caso. ?Ninguém falou que depois não poderiam existir parcerias. Ninguém proibiu nada. Ficou decidido que os times de fora jogariam com sua filiação nas federações de origem. Não existe jogador irregular?, alega Keller Cardoso, sendo contestado pelo diretor de basquete do Flamengo, Arnaldo Szpiro: ?Não existe isso de não fechar novas parcerias. Essa prática não é legal. Abriram-se apenas duas exceções. Isso foge à regra e os clubes devem ser consultados?.