A parceria entre o Flamengo e a editora Abril está próxima de ser concretizada. Pequenas alterações no contrato devem ser feitas, e o documento pode ser assinado já na próxima semana. Com a definição, o clube carioca começa a pensar nos lançamentos que realizará por conta do acordo. O primeiro produto a ser viabilizado será a revista oficial do Flamengo. O material deve chegar às bancas até o início de junho e será bem diferente das publicações produzidas por outros clubes, segundo Ricardo Hinrichsen, vice-presidente de marketing do Fla. “É importante retomar essa publicação, que no passado já chegou a ter uma tiragem de 95 mil exemplares. Já começamos a discutir como ela será feita, e o que queremos é que ela não seja institucional”, afirma Hinrichsen. Dentro dessa postura, o dirigente diz que o material produzido para a revista poderá ter, inclusive, críticas à atual diretoria do Flamengo ou outras ações do clube. “Queremos uma revista para o torcedor, algo que preserve alguma independência em relação à diretoria do clube. Dentro do que for viável, eu acho que deve ser até crítica. Com isso, esperamos que o torcedor perceba que a revista será para ele”, diz o vice-presidente de marketing do Flamengo. A preocupação com a credibilidade da revista oficial do Flamengo vai além da imagem que o clube pretende passar para o seu torcedor. O temor é que um produto muito institucional não atraia anunciantes para o projeto. “Não pode ser chapa branca, pois ela se inviabilizaria comercialmente. O nosso objetivo é ter o maior retorno possível com esse contrato. Os produtos precisam se desenvolver ao máximo, portanto não pode ser chapa branca em hipótese nenhuma”, completa o dirigente. Toda a estrutura de divulgação e comercialização será feita pela Abril. O Flamengo ficará apenas com uma porcentagem sobre as vendas dos exemplares da revista. Se o projeto vingar, ele poderá representar uma fonte significativa de receita para o clube rubro-negro. Na Eruopa, nos anos 90, a revista oficial do Manchester United era a publicação mais vendida do continente, gerando em torno de R$ 1 milhão por mês ao clube inglês, que vendia cerca de 3 milhões de exemplares mensalmente.
Fla quer revista independente
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