A menos de duas semanas para a reunião do Conselho Deliberativo, que vai definir a aprovação ou não do seu projeto de arena, o Grêmio não aposta numa disputa imediata com o Beira-Rio pela ?vaga? na Copa do Mundo de 2014. No caminho contrário do Comitê Organizador, o clube acredita que a definição do estádio porto-alegrense pode ocorrer após a definição da capital gaúcha como sede do Mundial, que deve se confirmar em março de 2009. Hoje, o Grêmio trabalha com duas datas. No próximo dia 15, precisa do apoio de seus conselheiros para aprovar o contrato e, imediatamente, assinar o compromisso com a construtora OAS. Até o dia 15 de janeiro, tem de entregar os planos para a candidatura de Porto Alegre, que repassará o dossiê ao Comitê Organizador. O cenário mais provável é uma disputa direta com o arqui-rival Inter, que pretende sediar a Copa no Beira-Rio. Durante o seminário de apresentação das cidades-candidatas, realizado no início de outubro, no Rio de Janeiro, a Fifa deixou claro que só aceitaria uma opção de praça esportiva em cada caderno de encargo. ?Eu acho que os dois serão relatados. Isso deve acontecer não só com os estádios, mas também com outros pontos da preparação. Acho que ao longo das inspeções é que a coisa vai se definir. Nós temos um tempo ainda?, disse Eduardo Antonini, vice-presidente de planejamento do Grêmio e responsável pelo andamento do projeto. A tranqüilidade a respeito da disputa de bastidores que se desenha se repete quando o assunto é a liderança da Grêmio Empreendimentos, empresa criada para acompanhar as obras. Atual presidente do Grêmio, Paulo Odone, cujo mandato termina no fim de 2008, era o nome mais cotado, querido até pelo presidente eleito Duda Kroeff. A conjuntura política do clube, porém, deve adiar essa definição, que não preocupa Antonini. ?Acho que isso no momento não é o mais importante. Precisamos nos preocupar com a reunião do Conselho, para conseguirmos a aprovação e assinarmos o contrato. A partir daí as coisas estão mais nas mãos da OAS?, concluiu o dirigente.