A Adidas anunciou nesta segunda-feira o rompimento do contrato com a Federação Alemã de Natação (DSV, na sigla original). A decisão foi tomada após as constantes criticas dos nadadores do país à competitividade dos maiôs fornecidos pela fabricante, que comparavam os uniformes ao LZR Racer, da Speedo, que revolucionou a natação mundial neste ano. No entanto, o porta-voz da Adidas, Oliver Brueggen, rechaçou a hipótese de que o encerramento do contrato com a DSV seja o fim dos investimentos da empresa na natação, seguindo o exemplo da Nike, que anunciou sua retirada das águas em setembro deste ano pelo mesmo motivo. A informação contraria o que foi dito pela própria marca no fim de novembro. Irritada com a onda de maiôs tecnológicos, a Adidas afirmou que abandonaria a indústria da natação competitiva se não fossem criadas medidas para banir as peças high-techs das provas. Brueggen também disse que não há possibilidade de ?reconciliação? com a federação alemã devido aos acontecimentos recentes. Os protestos dos nadadores da Alemanha começaram nos Jogos Olímpicos de Pequim, quando a Speedo conquistou 89% de todas as medalhas possíveis e 94% dos ouros, com 23 dos 25 recordes mundiais batidos na ocasião, e se intensificaram na última semana, após a disputa do Campeonato Europeu em piscina curta, realizado na Croácia. Desenvolvido pela Nasa, o LZR é fabricado com costura a laser e, segundo o Instituto Francês de Biomédica e Epidemiologia do Esporte (IRMES), melhora em até 2% o desempenho dos atletas.