O esc”ndalo de espionagem que abala a Fórmula 1 terá mais um capítulo nesta quinta-feira, quando a McLaren será julgada em Paris, na França, pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Os diretores da escuderia brit”nica foram notificados durante a realização do Grande Prêmio da Itália, que ocorreu na cidade de Monza, no último domingo. Segundo rumores da imprensa especializada, o time de Ron Dennis poderá ser excluído do restante do campeonato e perder todos os pontos conquistados no Mundial de Construtores. No entanto, como a possível apelação está marcada o final de outubro, após o término da temporada, a McLaren irá disputar as quatro etapas restantes do ano. Com a situação muito complicada depois da divulgação de mensagens trocadas via MSN entre Nigel Stepney, ex-chefe dos mec”nicos da Ferrari, e Mike Coughlan, projetista chefe da McLaren, é muito dificil que a equipe saia da audiência sem nenhuma punição, como aconteceu na primeira fase da ação criminal, no final de julho. Na semana passada, o jornal “La Gazzetta dello Sport” chegou a publicar o conteúdo de uma suposta troca de e-mails entre os pilotos Fernando Alonso e Pedro de La Rosa falando sobre o caso. Nesta segunda-feira, porém, o jornalista Pino Allievi, responsável pela matéria, confessou ter inventado os diálogos. Enquanto aguarda o desfecho judicial, o chefe da Ferrari, Jean Todt, disse que todo o imbróglio causará danos à imagem da F1 e avisa que a escuderia italiana dará prosseguimento ao processo paralelo à investigação da FIA na Corte de Modena, na Itália. “Acho que é um problema para o esporte cada vez que há uma controvérsia ruim. Nós lamentamos que isto esteja acontecendo na F1, mas estamos em uma posição que queremos que a verdade venha à tona. Estamos confiantes que a verdade surgirá”, afirmou o dirigente. “Para nós é algo muito importante e daremos andamento na Itália. Com a FIA, não irei comentar as decisões, pois eu não sei quais decisões serão tomadas e o que pode acontecer com a resolução feita”, completou Todt.