A corrida dos estados para garantir uma vaga entre as sedes do projeto do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 deve gerar uma grande onda de investimentos em mobiliário esportivo, principalmente em estádios. Nesse quesito, o Paraná já larga na frente ao anunciar a construção do Novo Pinheirão e anunciar um investimento de R$ 640 milhões. Com um investimento desse porte, a situação do Atlético Paranaense, que sonha em ver a Kyocera Arena ser indicada como representante do Paraná no Mundial de 2014, fica ainda mais complicada. Para construção da nova arena, o atual Pinheirão será demolido, junto com terrenos próximos, um deles que atualmente abriga a sede do Paraná Clube. No lugar, além do moderno estádio, também serão erguidos um shopping center com 200 lojas, cinemas, praça de alimentação, hipermercado, hotéis, estacionamentos e a sede da Federação Paranaense de Futebol (FPF), totalizando 235 mil metros quadrados construídos. A empresa responsável pela obra será a Tecnosolo, que ganhou uma concorrência de outras duas companhias do ramo de construção, segundo Onaireves Moura, presidente da FPF. ?[Para a construção do Novo Pinheirão] fizemos parcerias com o Paraná Clube e com as prefeituras de Araucária e São José dos Pinhais. Abrimos licitação com três empresas, a Andrade Gutierrez, Norberto Odebrech e Tecnosolo. Está última, que venceu, está muita envolvida no esporte atualmente, com a construção do Parque Olímpico que será usado no Pan?, afirma Onaireves à Máquina do Esporte. Segundo o dirigente, não haverá verba pública envolvida no projeto do Novo Pinheirão. A Tecnosolo possui um investidor disposto a injetar o montante necessário para a construção, mas o presidente da FPF não informou o nome dessa empresa. A previsão é que as obras tenham início no segundo semestre e a sua conclusão aconteça em dois anos. Após isso, a empresa investidora poderá explorar o local até conseguir obter o retorno financeiro. ?Eu acredito que a empresa conseguirá ter o retorno dentro de seis a sete anos. Após isso, o local passará a ser gerido pela Federação, como acontece atualmente?, diz o mandatário da FPF. Porém, o anúncio de um investimento de grande porte pode ser um desastre caso o Paraná não seja escolhido como uma das sedes para a Copa-14 ou mesmo o governador Roberto Requião mude de idéia e decida apostar na Kyocera Arena como estádio da candidatura paranaense. Para Onaireves Moura, essas possibilidades não são tão relevantes. ?O projeto é sustentável, mesmo sem a Copa do Mundo, até porque com o evento não há nenhum rendimento financeiro para o empreendimento. Então o Novo Pinheirão será feito independentemente da Copa do Mundo ou não?, completa Onaireves.