Patrocinadores vêem imbróglio com tocha

Como era de se esperar, as manifestações que cercam a passagem da tocha olímpica por diversos países, em virtude da relação entre a China e Tibete, chegaram aos patrocinadores. Chineses e entidades de direitos humanos travam um disputa paralela para ?forçar? empresas a apoiar as ideologias defendidas por cada lado. Nesse contexto, a principal medida foi tomada pelos chineses. Os residentes do país que será sede dos Jogos Olímpicos organizam um grande boicote à rede de supermercados Carrefour, de origem francesa. O motivo seria o apoio dado pelo governo francês ao Dalai Lama, líder espiritual do Tibete. “Se ama o seu país, não vá ao Carrefour entre 08 e 24 de maio, três meses antes dos Jogos Olímpicos, porque os seus acionistas apóiam o Dalai Lama. O presidente francês diz que vai boicotar os Jogos, mas nós vamos boicotar os produtos franceses”, diz um comunicado distribuído em Pequim. Na outra ponta, porém, membros de entidades de defesa dos direitos humanos pressionam os patrocinadores dos Jogos Olímpicos a se posicionarem contra a interferência da China no Tibete e também no Sudão. ?Estamos cientes da grande import”ncia da proteção dos diretos humanos. Os patrocinadores, porém, não têm o papel de resolver assuntos políticos. Nós vemos claramente os limites de nossa influência?, afirmou a Adidas, por meio de um comunicado oficial. ?Patrocinadores fazem política e nós entendemos isso. Mas, juntos, eles têm o equivalente ao PIB do Canadá, a oitava maior economia do mundo, além de terem relações estreitas com governos, fazerem lobby e terem uma presença mundial, então eles estão engajados com a política sim?, rebateu Ellen Freudenheim, da entidade Dream for Darfur.

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