Apesar de ser uma das maiores empresas do mundo no setor, a Wilson ainda não possui um lugar de grande destaque no mercado esportivo brasileiro. Após experiências de pouco sucesso com apoio ao beisebol e golfe no país, a empresa diz que aprendeu a lição e pretende focar as grandes modalidades para crescer. “Nós já tivemos áreas que investimos muito e tivemos poucos resultados, como aconteceu quando tentamos entrar no beisebol e no golfe no país. A prática desses esportes ainda é muito limitada. Dessa forma, uma das grandes mudanças que estamos tendo é a de só focar nos esportes que são produtivos”, afirma Nora Valejos, presidente da Wilson. Dessa forma, o tênis segue como principal alvo dos investimentos da empresa, até pela tradição que a marca possui nesse mercado em todo o mundo. Assim como acontece lá fora, que a companhia fechou contrato com nomes como o do suíço Roger Federer, aqui no país atletas como Flávio Saretta possuem contrato com a Wilson. “A estratégia usada depende do momento e da nossa necessidade. Temos vários produtos que são promovidos de diversas formas. As raquetes e todos os acessórios que envolvem o tênis são promovidos pelos jogadores, mas também temos que ter atenção à forma comercial como o produto é vendido”, explica Valejos. Dentro da política de investir em modalidades tradicionais, a Wilson aposta no basquete e no vôlei também. No primeiro esporte, a empresa possui acordos com a equipe de Franca e com a Nossa Liga de Basquetebol (NLB), enquanto para o segundo ela fornece bolas para o jogo praticado na quadra e na praia. Mas como o principal esporte do país é o futebol, a empresa quer aumentar ainda mais sua participação nesse concorrido mercado. Atualmente, a Wilson é a fornecedora de materiais esportivos de oito clubes, com destaque para Náutico e São Caetano. “O futebol para nós deverá se tornar grande daqui a dois anos, assim como o tênis é atualmente. Pretendemos aumentar bastante nossas ações nesse mercado”, diz a presidente da Wilson. Para isso, a empresa pretende passar a brigar com marcas como Nike, Adidas e Reebok pelo contrato com os principais clubes do Brasil. “Nós mantemos conversas com os principais clubes, mas atualmente todos já têm seus parceiros. Então as coisas vão evoluir naturalmente, mas é claro que pretendemos fechar com times de maior expressão e que tenham grandes torcidas”, completa a executiva.