Lançada oficialmente em 1º de março de 2010, a Escola Guga completará 15 anos no próximo sábado (1º). Inicialmente voltado apenas para crianças, o projeto evoluiu e, hoje, abraça pessoas de todas as idades interessadas em aprender tênis e beach tennis (este instituído em 2017). Além disso, desde a sua criação, a iniciativa já atendeu mais de 30 mil alunos por meio de uma metodologia própria, desenvolvida com base na trajetória de Gustavo Kuerten dentro das quadras.
Atualmente, a Escola Guga conta com 20 unidades em operação, além de uma em fase de implantação, espalhadas por 17 cidades do Brasil, e mais de 4 mil alunos matriculados. Mas para além dos números, um dos principais objetivos do projeto é ajudar na construção do caráter e no cuidado com a saúde mental das pessoas.
“A metodologia da Escola Guga tem muita coisa diferente, mas o principal é que a gente trabalha muito o caráter, essa maneira de você trazer as pessoas para dentro da quadra e mostrar o que o esporte tem de positivo”, explicou Rafael Kuerten, irmão mais velho do ídolo nacional e presidente do Grupo Guga Kuerten, à Máquina do Esporte.
“Hoje, quem trabalha com esporte tem o dever de estar todo dia lá e ajudar, porque hoje não é mais um prognóstico futuro, é fato. As pessoas estão adoecendo por causa do celular, da mídia social, não sei como nós vamos chamar isso, mas é uma realidade”, acrescentou.

Surgimento
Os primeiros passos da Escola Guga foram dados ainda em 2009, com a criação da escolinha apenas para crianças. Ainda sem marca e nome nesse primeiro momento, essa fase foi importante para a execução de testes e validação da metodologia, que seria implementada a partir de 2010, com o lançamento oficial do projeto.
“A gente começa só como escolinha em 2009, sem marca e sem nome, a trabalhar um modelo que a gente acreditava, e escrever uma metodologia. Então, começa ali, na verdade, a ideia de fazer a Escola Guga. E aí a gente começa a escrever os processos, escrever as aulas, organizar como seria uma academia formalizada, uma academia organizada não só dentro de quadra, mas fora, na visão de gestão”, disse Rafael Kuerten.
“Levamos um ano assim mais ou menos, um ano e pouquinho, para que fizesse isso tudo e o pacote tivesse fechado para, aí sim, botar a marca e fazer realmente o lançamento. A gente tinha uma marca muito forte, não podia errar. Então, por isso que a gente fez isso tudo sem querer acelerar. Porque é um projeto de vida, as escolas vão continuar depois que a gente se for”, completou.
Em termos de crescimento, o Grupo Guga acredita que nada deve ser exacerbado ou muito agressivo. Com foco no equilíbrio, os projetos do ex-tenista buscam crescer naturalmente. Inclusive, esse foi um dos motivos para a escola não ter sido criada enquanto Guga ainda era atleta e vivia uma rotina acelerada.
“Eu acho que a Escola Guga veio no momento certo. A gente não queria trazer coisas novas para nós. Até hoje, o Grupo Guga tem uma visão de vida diferente de um grupo executivo normal. Nós não pensamos no crescimento exacerbado, etc. Nosso crescimento é muito natural”, afirmou o presidente do Grupo Guga Kuerten.

Próximos 15 anos
Para o futuro, a Escola Guga tem o objetivo de se qualificar ainda mais. Sem pressa para crescer, o projeto foca na experiência e na qualidade do serviço prestado aos seus alunos e franqueados.
“A nossa tendência nas escolas é de querer qualificar ainda mais. O nosso crescimento vai ser tranquilo. Não acho que nós temos que ter um marketing agressivo para aumentar. Não, eu acho que tem que ser aquele cara que também tem esse olhar apaixonado, que quer fazer negócios com tênis, mas que entende que tem que cuidar dos seus clientes, dos seus alunos”, explicou Rafael.

A escola passou por um momento delicado por conta da pandemia. Algumas franquias não suportaram a crise e tiveram que fechar as portas, também porque alguns dos clubes e academias que abrigavam unidades da Escola Guga encerraram as atividades no período.
“A gente teve, infelizmente, com a pandemia, muitos lugares que fecharam. Fecharam porque os franqueados foram muito prejudicados em outros lugares e porque os clubes desapareceram, as academias desapareceram. Mas agora, então, a gente de novo está crescendo paulatinamente, tranquilamente. Eu pretendo que seja assim”, finalizou o executivo.