A WTA anunciou a criação de um programa de licença-maternidade remunerada para as jogadoras do tour. A organização responsável pela gestão do tênis feminino mundial dará suporte financeiro e outros recursos para as atletas.
O programa foi criado em parceria com o Fundo de Investimento Público (PIF), fundo soberano da Arábia Saudita, que é patrocinador global da WTA. As jogadoras receberão licença-maternidade remunerada de até 12 meses e terão acesso a bolsas para tratamentos de fertilidade, bem como outros benefícios.
Desde o lançamento, o “PIF WTA Maternity Fund Program” oferecerá benefícios a mais de 320 jogadoras elegíveis da WTA. Na visão da organização, a iniciativa também promove a sustentabilidade a longo prazo e um campo de jogo mais equitativo para mulheres no esporte de elite.
“Pode ser desafiador equilibrar as demandas físicas e emocionais de uma carreira profissional no tênis com as complexidades da maternidade e da vida familiar. Por algum tempo, temos explorado como podemos aumentar nosso apoio às jogadoras para ajudá-las a se tornarem mães no momento de sua escolha”, disse Portia Archer, CEO da WTA.
“Estamos muito felizes que nossa parceria com o PIF nos permita realizar uma ambição fundamental de oferecer licença-maternidade e parental remunerada. Esta iniciativa fornecerá para as jogadoras o apoio e a flexibilidade para explorar a vida familiar, de qualquer forma que escolherem”, acrescentou.
Elegibilidade
Os critérios de elegibilidade para participação no “PIF WTA Maternity Fund Program” incluem competir em um certo número de torneios da WTA em um período de tempo.
Entre os benefícios também está uma classificação especial, que mantém a jogadora no mesmo nível e pode ser usada até três anos após o parto ou até dois anos após outro meio de parentalidade, como a tutela. Desde que o sistema foi introduzido, em 2019, 50 jogadoras já foram beneficiadas.
O “PIF WTA Maternity Fund Program” faz parte do programa “Family Focus Program” (“Programa Foco na Família”, em tradução livre) da WTA, desenvolvido pela organização com o objetivo de facilitar que jogadoras combinem a vida familiar com a profissional.
A WTA oferece, ainda, apoio de saúde, incluindo avaliações físicas, suporte à saúde mental e aconselhamento nutricional, bem como orientação sobre o retorno gradual aos jogos.
“Isso marca o início de uma mudança significativa na forma como apoiamos as mulheres no tênis, tornando mais fácil para as atletas seguirem suas carreiras e suas aspirações de começar uma família”, comentou Victoria Azarenka, tenista, mãe e representante do Conselho de Jogadoras da WTA.