O Vivo Rio Pro apresentado por Corona projeta um aumento do impacto da etapa brasileira do Mundial de Surfe na economia de Saquarema (RJ) após a realização de uma festa de abertura na véspera do início das disputas.
“Neste ano, aumentamos o dia da janela com essa festa de abertura, que foi um sucesso, com praia lotada. Ou seja, as pessoas anteciparam a hospedagem e a chegada delas em um dia. Saquarema já estava cheia na sexta-feira (21) e não somente no sábado (22), que foi de fato o primeiro dia da janela da competição”, contou Ivan Martinho, presidente da World Surf League (WSL) na América Latina e colunista da Máquina do Esporte.
Na noite da última sexta-feira (21), os organizadores programaram uma apresentação de drones e o show do DJ Papatinho, o que atraiu parte do público a antecipar sua viagem à cidade do litoral fluminense.
“Segundo o depoimento de quem está aqui, não só a estrutura está maior, mas a praia e a cidade estão muito mais lotadas”, comentou o executivo.
No ano passado, segundo um relatório da EY, o evento movimentou R$ 97 milhões e gerou R$ 35 milhões no Produto Interno Bruto (PIB) do município. De acordo com a consultoria contratada pela WSL, o valor do impacto no PIB para o estado do Rio de Janeiro foi de R$ 114 milhões.
Crescimento
De acordo com Martinho, a etapa nacional da WSL tem ajudado no desenvolvimento da cidade. Neste ano é a sexta vez que a competição acontece em Saquarema. A cidade passou a abrigar a competição em 2017 e, desde então, tem realizado etapas anualmente, com exceção de 2020 e 2021, em que não houve o evento por causa da pandemia de Covid-19.
“A cidade vai se desenvolvendo. Há novas lojas, restaurantes e hotéis. Então, vemos a cidade crescer em torno da economia do surfe”
Ivan Martinho, presidente da WSL na América Latina
O executivo lembrou que a WSL realiza eventos na cidade três vezes ao ano, com o Saquarema Surf Festival, em abril, o Vivo Rio Pro, em junho, e a final do Challenger Series, liga de acesso à elite mundial, em outubro.
“A economia do surfe roda aqui o ano inteiro. E, à medida que deixamos Saquarema cada vez mais conhecida no Brasil e no exterior, mais o turismo acontece durante o ano todo. Esse é também o grande Impacto que conseguimos trazer: fortalecer cada vez mais a marca da cidade”, afirmou o presidente da WSL na América Latina.
Competições
Até o momento não houve baterias na etapa nacional do Mundial de Surfe. As condições do mar não foram as ideais para o início das disputas, que devem começar nesta quarta-feira (26).
Por conta disso, os organizadores e parceiros comerciais do evento programaram diversas atrações ao público no último fim de semana, como ativações na Vila dos Patrocinadores, show da Esquadrilha da Fumaça e encontro com ídolos como Italo Ferreira e Sophia Medina.
“Precisamos de três dias inteiros [com ondas] para completar a competição. Não tenho dúvida de que vai ser um sucesso. Todos os atletas estão elogiando a estrutura do evento, que cresce a cada ano”, afirmou Martinho.
Atualmente, a competição é liderada pelo havaiano John John Florence, com 41.465 pontos. O melhor brasileiro é Gabriel Medina, em sexto lugar, com 24.235 pontos. Italo Ferreira (24.045) e Yago Dora (23.835) vêm logo atrás e também têm chance de chegar à final, que será em Lower Trestles, na Califórnia (EUA), em setembro.
O Vivo Rio Pro é a penúltima etapa antes do corte em Fiji, que definirá os cinco finalistas para a disputa do título. Hoje, a Brazilian Storm, que vem dominando a elite do surfe nos últimos anos, não teria nenhum atleta classificado para a decisão. Mas uma vitória em Saquarema pode alçar algum brasileiro até a vice-liderança.
*O jornalista viajou a convite da WSL