A Riachuelo realizou, nesta quarta-feira (8), um evento em São Paulo (SP) para anunciar um acordo de patrocínio com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Pelo contrato, a varejista, por meio de sua nova marca esportiva, a BodyWork, lançada no mês passado, será a nova fornecedora dos uniformes das seleções brasileiras da modalidade, no masculino, no feminino e nas categorias de base, tanto na quadra como na praia, substituindo a Asics.
Com o acordo, a Riachuelo se torna a primeira empresa nacional especializada no segmento de moda a se aliar a uma confederação esportiva. O contrato, que não teve os valores revelados por nenhum dos dois lados, foi assinado até dezembro de 2024, período que compreenderá, entre outros torneios, os Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023 e os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
O evento contou com a presença de grandes nomes do vôlei nacional, como Radamés Lattari, presidente em exercício da CBV; Renan Dal Zotto, técnico da seleção adulta masculina; e José Roberto Guimarães, técnico da seleção adulta feminina. Alguns atletas tanto da quadra como da praia também participaram do anúncio, assim como Rebeca Andrade, garota-propaganda da Riachuelo desde 2021 e rosto da campanha de lançamento da BodyWork.
“O vôlei é o segundo esporte nacional, ficando atrás apenas do futebol. É uma modalidade democrática, que tem a capacidade de ajudar na inclusão e no desenvolvimento social, que conecta as pessoas. Além disso, vence muito, está sempre brigando lá em cima. É muito bom para a marca celebrar um esporte que dá orgulho para o país”, afirmou Thais Castro, head de marketing da Riachuelo.
Entre as principais características inseridas pela BodyWork nos uniformes estão a inspiração nos povos originários brasileiros (quadra) e na água e seus movimentos (praia), a frase “Que história você quer escrever hoje?” na barra das camisetas como uma espécie de homenagem aos próprios atletas e ainda cinco estrelas na parte interna da gola, simbolizando os três ouros masculinos e os dois ouros femininos conquistados pelo vôlei de quadra nacional na história dos Jogos Olímpicos.
“Estou orgulhoso por termos uma marca nacional como parceira, inclusive para as categorias de base, o que é muito importante. As cinco estrelas nos dois uniformes são um exemplo, mostram a união do vôlei, que é muito melhor juntar, não separar. É uma notícia muito importante para o esporte nacional como um todo”, avaliou José Roberto Guimarães, ouro em Barcelona 1992 com os homens e também em Pequim 2008 e Londres 2012 com as mulheres.
“Tivemos uma experiência positiva em Tóquio 2020 [quando a Riachuelo produziu os uniformes que a delegação do Time Brasil usou durante a viagem ao Japão], é tudo feito com muita qualidade e, o mais importante, 100% ‘Made in Brasil’. A ideia das estrelas é conceitualmente importante porque celebra a história vencedora do vôlei brasileiro como um todo, as conquistas árduas dos nossos atletas e das nossas atletas. Além disso, mostra aos mais jovens o tamanho da responsabilidade que é vestir essa camisa, o tamanho da importância do vôlei brasileiro”, destacou Renan Dal Zotto, prata em Los Angeles 1984 como jogador e ouro como treinador na Copa do Mundo de 2019.
Outro que elogiou a iniciativa das cinco estrelas foi Radamés Lattari, que assumiu a presidência da CBV no mês passado por conta do afastamento do presidente da entidade, Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca, para um tratamento de saúde.
“O esporte quebra barreiras, acaba com as diferenças. No vôlei, o tratamento tem sido igual, com o mesmo número de etapas, com a mesma premiação para homens e mulheres. Nada mais justo que as medalhas se misturem nas duas camisas”, elogiou o atual mandatário.
Lattari ainda ressaltou um segundo passo da parceria entre Riachuelo e CBV: o licenciamento de produtos.
“O vôlei é o segundo esporte do país em popularidade, penetra em todas as camadas sociais, em todos os gêneros. Um desejo da CBV era dar acesso aos produtos das seleções brasileiras de vôlei a todas essas pessoas. A Riachuelo, além da qualidade do material e de ter feito a melhor proposta, atendeu a essa expectativa. São 373 lojas espalhadas pelo país, o que vai popularizar o acesso aos produtos. O Brasil inteiro terá acesso”, explicou.
A Riachuelo, no entanto, afirmou que o contrato relativo ao licenciamento dos produtos ainda não está fechado.
“Há conversas em andamento, mas ainda não está definido”, revelou Thais Castro.
A data do evento também não foi escolhida à toa. Como muitas das peças da BodyWork para prática de exercícios físicos são feitas para as mulheres, a oficialização da marca no mercado no Dia Internacional da Mulher foi uma maneira de sacramentar e reforçar o mesmo propósito visto na ideia das cinco estrelas nos uniformes de homens e mulheres.
“Queremos cada vez mais equidade no esporte. Queremos mostrar que estamos todos juntos, que nenhum gênero é melhor do que o outro, que nenhum gênero está acima do outro, mas sim que estão lado a lado”, enfatizou a head de marketing da Riachuelo.
A Riachuelo ainda divulgou que fará um segundo evento, em abril, com os jogadores e jogadoras das seleções brasileiras vestindo os uniformes em Saquarema (RJ), onde fica a sede do Centro de Desenvolvimento do Voleibol (CDV).
Vale lembrar que esta não é a primeira incursão da varejista no patrocínio esportivo. Além do acordo com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) que teve início nos Jogos de Tóquio, a Riachuelo patrocina o Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino desde 2021.