Após ser duas vezes adiado por conta da pandemia, o Sports Summit, um dos principais encontros da indústria esportiva da América Latina, finalizou sua primeira edição em São Paulo (SP) nesta quinta-feira (27). Agora, os organizadores pretendem consolidar o congresso esportivo no calendário oficial da capital paulista.
A direção do Sports Summit assinou contrato com a Secretaria Municipal de Turismo para a realização do evento nos próximos dez anos na cidade, sempre no Pavilhão do Estádio do Pacaembu, que fica na zona oeste de São Paulo.
“Queremos agora consolidar a edição de São Paulo. Apostamos em um evento deste tamanho para a indústria esportiva. No Brasil, não havia uma iniciativa como essa”, afirmou Fernando Young, CEO do Sports Summit em São Paulo, em entrevista à Máquina do Esporte.
Para o ano que vem, os organizadores pretendem realizar o evento novamente no mesmo local. Só que, dessa vez, o palco do encontro será no subsolo.
“A final da Copinha [Copa São Paulo de Futebol Júnior] do ano que vem será aqui”, revelou Young, referindo-se ao estádio, que voltará à ativa após ser reformado.
Abaixo do estádio será construído um espaço de 8 mil m2 para eventos, além de uma grande arena para competições de e-Sports.
“O Sports Summit vai manter as características que foram apresentadas aqui, para toda a indústria esportiva do Brasil, com marcas e experiências. Vamos tentar preparar o evento do ano que vem com antecedência para não ter essa correria deste ano”, declarou Young, referindo-se ao fato de os organizadores terem montado o Sports Summit de 2023 em apenas dois meses.
Palestrantes
Nos três dias de evento, o Sports Summit contou com a participação de palestrantes importantes na indústria esportiva. Entre presidentes ou executivos de clubes estiveram Julio Casares (São Paulo), Gabriel Lima (CEO da SAF do Cruzeiro), Guilherme Bellintani (Bahia), Marcelo Paz (Fortaleza), Luiz André Mello (CEO da SAF do Vasco) e Thiago Scuro (diretor executivo do Red Bull Bragantino).
Alguns executivos das principais ligas nacionais do mundo também marcaram presença no evento, que teve painéis com Luigi De Siervo (CEO da Serie A, da Itália), Octavi Anoro (diretor internacional da LaLiga, da Espanha), Pedro Proença (presidente da Liga Portugal) e Robin Austermann (chefe para Europa e América Latina da Bundesliga, da Alemanha).
Além do mundo da bola, o evento contou com representantes de outras entidades, como Gustavo Herbetta (diretor de marketing do Comitê Olímpico do Brasil) e Mizael Conrado (presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro).
Modalidades representativas da indústria do esporte no Brasil e no exterior também apresentaram suas estratégias comerciais. Houve painéis com Ivan Martinho (CEO da WSL na América Latina), Rodrigo Vicentini (CEO da NBA Brasil) e Sérgio Domenici (CEO da Liga Nacional de Basquete), entre outras organizações.
“Trouxemos bons conteúdos e palestrantes do mais alto nível, que trouxeram para o mercado brasileiro o que está acontecendo lá fora. Mas temos que entender que esse contexto não é a realidade daqui. Temos que adaptar”, destacou Young.
Apostas e liga
O Sports Summit também contou com painéis sobre desafios e discussões do momento na indústria esportiva nacional, como a regulamentação das apostas e as discussões em torno da formação de uma liga brasileira de futebol.
“Temos um cuidado muito grande para as palestras, para os tópicos que estão acontecendo. Esta primeira edição foi um cartão de visitas. Tivemos uma área de networking muito boa. Acho que trouxemos para o mercado tudo o que tinha para ser discutido”
Fernando Young, CEO do Sports Summit em São Paulo
De acordo com os organizadores, o Sports Summit contou com parcerias com mais de 120 marcas internacionais, assim como com mais de 45 ligas, federações e competições.