Com uma audiência recorde, ultrapassando os 123 milhões de telespectadores nos Estados Unidos, e um jogo eletrizante, o Super Bowl 2024 já se tornou parte da história. Enquanto mais de 50 marcas presentes no evento travavam uma batalha publicitária repleta de celebridades e custos milionários, foi a presença da cantora Taylor Swift que se destacou naquela noite memorável. Namorando atualmente um atleta do Kansas City Chiefs, o tight end Travis Kelce, Taylor gerou um impacto impressionante na audiência e no interesse, especialmente entre as mulheres jovens, em conhecer e acompanhar o futebol americano, um esporte que, até então, era predominantemente masculino.
O envolvimento da cantora já havia impulsionado a audiência dos playoffs da NFL, registrando um aumento de 17% em relação aos números de 2023. Sua participação na grande final atraiu um número recorde de jovens mulheres, promovendo um movimento notável de inclusão e pertencimento. Muitas fãs da cantora, antes desinteressadas pelo esporte, foram motivadas a assistir às partidas após vê-la envolvida e interagindo nas redes sociais durante toda a jornada, desde a fase classificatória até a grande final. Esse fenômeno pode marcar o início de uma transformação importante no esporte, abrindo portas para novos públicos e oportunidades para os patrocinadores.
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Da mesma forma que o fenômeno Taylor Swift/Super Bowl, o engajamento das marcas com eventos esportivos pode ter um papel crucial nessa mudança. Quando marcas de produtos femininos entram em um cenário predominantemente masculino, elas ajudam a alterar a visão do público sobre esse universo. O mesmo vale para marcas voltadas para o público masculino que apoiam o universo feminino. À primeira vista, pode não parecer significativo, mas isso gera um movimento poderoso a longo prazo.
Analisar esse impacto nos faz refletir sobre o poder das influências, seja a influência individual de Taylor Swift ou a influência corporativa das marcas. A colaboração entre ambas pode impulsionar mudanças significativas na nossa sociedade.
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Roberta Coelho é CEO da equipe de e-Sports MIBR e escreve mensalmente na Máquina do Esporte