Entre os afetados pela crise de um clube, estão os torcedores. Muitas vezes, esse grupo espera mudanças que gerem efeitos imediatos nos resultados da equipe, algo normalmente distante na reestruturação das instituições esportivas. Para Lucas Pedrozo, CEO do Avaí, essa ansiedade é o principal desafio da inserção da gestão profissional no futebol.
O executivo foi o convidado do Maquinistas, podcast da Máquina do Esporte, nesta terça-feira (28), e falou sobre os desafios de uma gestão profissionalizada no Brasil. Na visão dele, a maior dificuldade é fazer os torcedores entenderem que o processo de reestruturação leva tempo, e os resultados esportivos não serão imediatos.
“O grande desafio de implementar a gestão profissional no futebol é conseguir controlar a ansiedade do torcedor. Isso é o mais difícil. Todo projeto de reestruturação que acompanhei, o resultado esportivo não acompanha na mesma velocidade”, comentou Pedrozo.
“Se a gente for olhar o Flamengo, o Eduardo Bandeira de Mello sofreu bastante, tomou muita porrada. Mas fez o que tinha que fazer e colheu os resultados. Tem muito espaço ainda. Existem muitos clubes que acham que é só uma virada de chave que potencializa”, complementou.
Durante a participação no podcast, Pedrozo, que também foi CEO do Coritiba, comentou sobre o processo de reestruturação do Avaí, bem como os projetos do clube catarinense para retornar à elite, e ainda analisou o cenário da gestão esportiva no Brasil, entre outros temas.
“As pessoas mudaram. Há 15 anos, tínhamos muito mais presidentes com aquele perfil mais caricato. Hoje, já temos uma renovação, com presidentes mais jovens, com uma visão mais empresarial e querendo fazer o correto”, avaliou o executivo.
Confira abaixo, na íntegra, o bate-papo de Lucas Pedrozo com Erich Beting e Gheorge Rodriguez, no canal da Máquina do Esporte no YouTube: